Filhos suspeitos de encomendar morte do pai por herança tentaram interditar fazendeiro 60 dias antes do crime, diz delegado

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Filhos suspeitos de encomendar a morte do pai para ficar com herança bilionária tentaram interditar fazendeiro antes do crime, diz delegado. Filhos tentaram interditar o fazendeiro 60 dias antes do crime, mas não conseguiram. O fazendeiro foi morto um dia antes de assinar testamento, transferindo a herança para holding cujos filhos não eram sócios. Suspeitos de encomendar a morte do de fazendeiro tentaram interdição dias antes do crime.

Os filhos suspeitos de encomendar a morte do pai para ficar com a herança bilionária tentaram interditar o fazendeiro e empresário Jefferson Cury, 60 dias antes do crime, informou o delegado Adelson Candeo, responsável pela investigação. Além dos dois filhos, também foram presos um corretor de imóveis e três funcionários que trabalhavam para o fazendeiro.

O DE não conseguiu localizar as defesas dos investigados até a última atualização desta reportagem. O crime aconteceu em novembro de 2023, em Quirinópolis, no sudoeste do estado. As prisões ocorreram nesta quarta-feira (29) em São Paulo e no Mato Grosso do Sul. O executor dos disparos não foi identificado até o momento.

Segundo o delegado, os filhos não conseguiram a liminar favorável à interdição. Após a tentativa frustrada de interdição, o fazendeiro assinou um inventário, revogando o anterior, que deixava 22 alqueires de terra para os funcionários da fazenda. O delegado explicou que os filhos queriam a herança e o executor tinha uma dívida com o fazendeiro no valor de R$ 1,7 milhão.

O crime aconteceu por volta das 22h20 do dia 28 de novembro de 2023. O fazendeiro Jefferson e seu advogado foram abordados em uma propriedade rural, às margens da GO-206. O fazendeiro morreu com um tiro no rosto, enquanto o advogado sobreviveu após ser baleado na cabeça. Um dos suspeitos chegou a dizer, logo após os disparos: “Agora a dívida está paga”, referindo-se à dívida de R$ 1,7 milhão do filho de um caseiro com o empresário.

O delegado explicou que o corretor de imóveis preso lucraria ao menos R$ 50 milhões com a venda de fazendas após a morte do fazendeiro. Ele já havia obtido R$ 12 milhões em uma ligação, revendendo terras herdadas pelos filhos. A investigação apontou que o casal de caseiros e o filho deles participaram do crime, auxiliando na logística e informando sobre os horários da vítima. A operação, chamada Testamento, cumpriu 14 mandados de busca e apreensão em Goiás, São Paulo e Mato Grosso do Sul.

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