Filhote de sagui resgatado após ser abandonado em carro – São Vicente, SP

Filhote de sagui é resgatado após ser abandonado por 4h dentro de veículo

Retirada do animal foi feita pelo Corpo de Bombeiros e pela Inspetoria Ambiental
da Guarda Civil Municipal (GCM), em São Vicente. Dono do carro não foi
localizado.

Animal foi encontrado dentro de um veículo em São Vicente, SP

Um filhote de sagui (Callithrix) foi resgatado após ser abandonado por cerca de
quatro horas dentro de um veículo em São Vicente, no litoral de
São Paulo. O animal foi recolhido pela Guarda Civil Municipal (GCM)e está sob
observação. O dono do carro em que o filhote estava não foi localizado.

O filhote foi encontrado dentro de um veículo estacionado na Avenida Manoel da
Nóbrega, no bairro Itararé. Testemunhas que passavam pelo local acionaram o
Corpo de Bombeiros para o resgate, que contou com apoio da GCM Ambiental.

A operação para retirada do animal teve início por volta das 17h45 de
quarta-feira (20), sendo que o primata estava trancado no carro desde às 13h. Os
bombeiros conseguiram destrancar o automóvel os guardas municipais o resgataram.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o sagui não estava ferido. O carro foi guinchado e
apreendido por estar com o licenciamento atrasado e, até a última quinta-feira
(21), o proprietário não havia sido localizado.

O caso foi apresentado na Delegacia de São Vicente, onde foi registrada uma
ocorrência de crime ambiental. A DE Secretaria de Segurança Pública (SSP)
afirmou que a Polícia Civil investiga o abandono do animal silvestre.

O animal foi levado para base da GCM Ambiental, na Avenida Capitão Cândido
Rondon. Ele segue sendo observado pelos profissionais, que posteriormente, farão
a destinação aos órgãos competentes.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Fisioterapeuta atropelado: ex busca pensão em ação contra influenciador

Ex de fisioterapeuta atropelado e morto horas depois do casamento entra na
Justiça por pensão para o filho

Ação por danos morais, materiais e pensão alimentícia é movida contra o
influenciador digital Vítor Belarmino, réu pelo homicídio de Fábio Toshiro.

Fábio Toshiro Kikuta (à esq.) morreu atropelado após sair da festa de
casamento; influencer Vitor Vieira Belarmino (à dir.) teve prisão decretada —
Foto: Reprodução

A ex-companheira de Fábio Toshiro, o fisioterapeuta que morreu atropelado por um
carro após a própria festa de casamento, entrou com uma ação na Justiça contra o motorista que causou o acidente, o influenciador Vítor Belarmino, e as cinco passageiras do veículo. A mulher pede o pagamento de indenizações para o filho adolescente que teve com a vítima.

Fábio morreu no dia 13 de julho após ser atingido pela BMW do influenciador, que
estava em alta velocidade na Avenida Lúcio Costa, na Zona Oeste do Rio de
Janeiro. A vítima tinha acabado de sair do hotel Cdesign e faria uma viagem de lua de mel.

Câmera de segurança mostra atropelamento de noivo após casamento no Recreio

Após as investigações, a Polícia Civil do RJ indiciou e a Justiça tornou réu o
influenciador por homicídio doloso — quando há intenção de matar. Vítor Belarmino, porém, segue foragido.

As cinco mulheres que estavam no carro são jogadoras de futebol e também se
tornaram rés por omissão de socorro: Amanda Camargo e Silva, Mirelly da Silva
Campos, Julia Teixeira de Sousa, Débora Letícia da Silva Paz e Karolayne Melo
Fernandes Ferreira. Elas respondem em liberdade.

Procurados pelo de, os acusados não se manifestaram até a publicação desta reportagem.

Fisioterapeuta Fábio Toshiro morreu atropelado após a própria festa de
casamento na Zona Oeste do Rio — Foto: Reprodução

Conforme apurado pelo de, o filho de Toshiro, de 15 anos, mora com a mãe nos
Estados Unidos há cinco, mas tinha o costume de ver o pai durante as férias e
dependia financeiramente de pensão alimentícia dele.

A família procurou o advogado Marcus Vinícius Rosa, de Santos, no litoral de São Paulo,
para mover a ação na Justiça. O profissional contou ter protocolado a ação de
indenização por danos morais, materiais e pensão alimentícia no dia 12 de
novembro.

Segundo Rosa, o dano moral foi caracterizado pela repercussão do caso, já que as
imagens do atropelamento foram divulgadas na internet, intensificando o
sofrimento e a angústia dos familiares da vítima de forma permanente.

Além disso, o advogado levou em conta a expectativa de vida média de um homem
brasileiro para solicitar que o foragido pague pensão alimentícia ao filho de
Fábio por 31 anos. O tempo é a diferença entre a idade da vítima (42) e a
expectativa de vida (73).

Advogado Marcus Vinicius Rosa representa a família materna do adolescente — Foto: Arquivo Pessoal

A indenização por dano material, por sua vez, é baseada no valor de pensão que
não foi recebida pelo adolescente desde a morte de Fábio, em 13 de julho deste
ano.

As jogadoras, rés no processo por omissão de socorro, também são alvos do pedido
de indenização por danos morais. O advogado argumentou que elas não prestaram
assistência a Fábio, contribuindo com a dor dele.

A responsabilidade moral das atletas, segundo o advogado, também diz respeito à
atuação delas como jogadoras de futebol, que as coloca em uma posição de
inspiração para jovens da sociedade.

BMW do influenciador Vitor Vieira Belarmino, que atropelou o
fisioterapeuta Fábio Toshiro Kikuda no dia do casamento — Foto: Rafael
Nascimento / de

No inquérito, a 42ª DP (Recreio) afirma que o influencer estava a 109 km/h na
hora do impacto, mas chegou a 160 km/h momentos antes do acidente. O limite de
velocidade da via é de 70 km/h — e será reduzido.

Um vídeo incluído no inquérito mostra o instante seguinte ao choque. As imagens
são fortes. Fábio é arremessado, e seu corpo gira várias vezes no ar. A BMW só
para metros adiante. Segundos depois, a noiva surge no quadro, em aparente
desespero.

O trabalho da Polícia Civil foi realizado com oitivas de 13 testemunhas, análise
de mais de 20 vídeos apreendidos e confecção de 10 laudos periciais.

Peritos concluíram que, se Belarmino estivesse trafegando na velocidade
permitida da via, 70 km/h, teria condições de frear o carro antes do impacto.

A perícia afirma ainda que uma moto que seguia metros à frente da BMW não tocou
em Fábio, possibilidade levantada pela defesa do influenciador.

influenciador Vitor Vieira Belarmino é procurado pela policia — Foto:
Reprodução

As passageiras disseram em depoimento que haviam saído da festa de aniversário
de uma delas e decidiram ir à praia. Para chegar lá, aceitaram a carona do
influenciador.

Todas afirmaram que, momentos antes do atropelamento, Vitor tentou cortar um
outro veículo. O inquérito não traz nenhuma referência a esse fato — nas imagens
de uma câmera de segurança, o carro segue em linha reta.

Duas das passageiras disseram que consideravam que o motorista estava em uma
velocidade acima do normal.

Anteriormente, a defesa de Vitor Vieira Belarmino tinha declarado que o
influenciador não estava alcoolizado e que estava dentro da velocidade permitida
no momento da colisão — o que a perícia desmentiu.

Segundo o advogado Gabriel Habib, a defesa iria “provar no inquérito que foi um
acidente e que Vitor não teve culpa na morte da vítima”.

Questionada por que Vitor não parou para prestar socorro, o advogado disse que
“ele parou mais na frente, mas não voltou ao local do acidente porque ficou em
choque, sem reação, e teve medo de linchamento, porque populares começaram a se
aglomerar no local”.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp