“O legado do artífice” é um nome bem elaborado para um filme. Tanto, que fica misterioso. O que seria mesmo um “artífice”? Aurélio, pai dos nem tão sabedores (para não dizer o verdadeiro ditado) diz que significa “trabalhador, operário”. Agora, já sabendo que o nome do filme significa o legado de um trabalhador, o quê mais?
Dirigido pela professora de Artes Visuais da Faculdade de Artes Visuais, Alice Martins, de 57 anos, o filme foi selecionado para estrear no Festival de Cinema de Avanca, que aconteceu nesta última semana, em Portugal. Ainda estrearam, até ontem, produções da Europa e do Oriente Médio.
O filme ainda não pôde ser caracterizado em um gênero cinematográfico só, ficando em algum lugar entre a ficção, o documentário e o realismo fantástico.
A Universidade Federal de Goiás também foi representada no elenco. A bióloga da universidade, Lorena Cintra, de 36 anos, atua em protagonismo junto com Martins Muniz, de 72 anos, cineasta goiano e fundador do Sistema CooperAÇÃO Amigos do Cinema. O tema? são muitos: cinema, paixões, memória e também acessibilidade.
Eles dividem a tela com pessoas da comunidade goianiense, atores e, sobretudo, não-atores que de forma humorada, reforçam as alegorias constituintes da narrativa cinematográfica. O projeto do filme prevê a tradução para a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e também a audiodescrição para cegos ou pessoas com baixa visão. Logo logo, a comunidade poderá ver também este orgulho da Universidade. Parabéns!