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Filmes para o aquecimento de Star Wars – Episódio VIII

Lista reúne obras que influenciaram Star Wars e ficção científica

14 de dezembro é a data de estreia de Star Wars: Os Últimos Jedi (Star Wars: Episode VIII – The Last Jedi). Enquanto a produção estrelada por Daisy Ridley (Rey), John Boyega (Finn) e Adam Driver (Kylo Ren) não chega às salas pelo país, preparamos uma lista de 5 filmes que influenciaram a obra de George Lucas ou que ao menos deixaram um rastro de importância na ficção científica.

Os Sete Samurais (Shichinin no Samurai, 1954) – Akira Kurosawa

Kurosawa é amplamente lembrado como o mais importante cineasta japonês de todos os tempos, e Os Sete Samurais é sempre citado como o mais emblemático de seus filmes. Quando George Lucas pensou o visual dos stormtroopers, se baseou na imagem clássica dos samurais japoneses.

Além disso, o mestre Yoda é baseado em Kambei Shimada, personagem do filme japonês. Outra curiosa semelhança está na aparência das espadas japonesas com os sabres de luz da Velha República e do Império Galáctico.

Outro filme de Akira Kurosawa que inspirou George Lucas foi A Fortaleza Escondida, lançado em 1958. O filme acompanha dois camponeses atrapalhados, cujas personalidades em muito se confundem com as ações dos droides R2-D2 e C3-PO.

Em Os Sete Samurais, uma tribo de camponeses procura a ajuda de guerreiros para se defender de ladrões do campo.

2001: Uma Odisseia no Espaço (2001: A Space Odyssey, 1968) – Stanley Kubrick

Filme icônico da ficção científica que inspirou todo o estilo com visuais realistas do espaço e das máquinas. O próprio George Lucas admitiu que não teve coragem de realizar algo tão questionador e provocador como 2001.

A produção de Kubrick acompanha, com cortes no tempo, a trajetória da humanidade e das tecnologias, e da capacidade humana de chegar ao espaço graças às inovações, que também podem significar violência e morte. O computador HAL-9000 é a inspiração primária para a noção de inteligência artificial e os perigos que ela pode oferecer, e repercute em obras como O Exterminador do Futuro.

2001 e Star Wars se diferenciam muito em ritmo. As naves graciosas, silenciosas e lentas de 2001 fazem um contraponto ao barulho, velocidade e aerodinâmica do trabalho de George Lucas.

Solaris (idem, 1972) – Andrei Tarkovsky

“Antítese de 2001” é uma boa definição para a produção do diretor russo, considerado o mais importante cineasta do período soviético desde Serguei Einsenstein. Tarkovsky considerava “estéril” o filme de Kubrick e preferia usar conceitos da ficção científica para abordar algo mais complexo que o espaço: a mente humana e suas memórias.

A produção é inspirada no livro de mesmo nome, de autoria de Stanislaw Lem, e acompanha um homem que é enviado à base científica que orbita o planeta Solaris. Os pesquisadores descobriram que o planeta, uma imensa superfície oceânica, possui um cérebro que manipula as mentes das pessoas próximas, disparando memórias e reflexos do passado sobre o presente.

A memória é uma temática comum nos filmes de Tarkovsky, que realizou O Espelho em 1975, considerado seu melhor filme e um trabalho autobiográfico.

Metrópolis (Metropolis, 1927) – Fritz Lang

Marco do Expressionismo Alemão, uma importante vanguarda do cinema, o filme de Fritz Lang elabora uma grande distopia social, que se tornou um padrão para muitas obras futuras da ficção científica.

Uma sociedade dividida entre trabalhadores e poderosos, onde os primeiros vivem em condições precárias, é o palco da narrativa. Aqui, lendas apocalípticas e o fim do mundo organizado parecem antecipar a ascensão do nazismo e da Segunda Guerra Mundial, que provocariam sérios prejuízos políticos e de direitos humanos ao povo alemão.

Esse sempre foi um dos filmes favoritos de George Lucas, que se inspirou na máquina-humana Maria para moldar o design do droide C3-PO.

Casablanca (idem, 1942) – Michael Curtiz

O romance co-estrelado por Humphrey Bogart e Ingrid Bergman é uma das produções mais queridas de Hollywood, pois acenava à esperança de dias melhores no contexto da Segunda Guerra Mundial. Clichês como um romance em Paris, a paixão proibida e o cafajeste solitário são trabalhados com primazia em um dos melhores roteiros já escritos às telonas.

Além disso, a composição de Herman Hupfeld “As Time Goes By”, parte da trilha, e interpretada anos depois por Frank Sinatra serve até hoje de música de fundo para a tradicional abertura da Warner Bros.

Em Star Wars, o desenho original de Jabba the Hutt mostrava o personagem usando um chapéu igual ao do Mr. Ferrari, interpretado no filme de Curtiz por Sydney Greenstreet. Já o personagem Han Solo, interpretado por Harrison Ford, foi baseado no papel de Humphrey Bogart.

Gustavo Motta