Em acordo com representantes dos caminhoneiros, o governo atendeu às reivindicações da categoria
O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Sergio Etchegoyen, disse hoje (4) que as questões relativas à segurança, defesa e ao abastecimento provocadas pela paralisação dos caminhoneiros estão superadas. Segundo ele, o foco do governo, a partir de agora, será a fiscalização para garantir a implementação das medidas acordadas com a categoria, como o desconto no preço do óleo diesel.
Etchegoyen disse ainda que o governo também vai dar prioridade às conversas com o Congresso, em busca de fazer avançar no Parlamento as medidas acertadas com os caminhoneiros que dependem de aprovação do Legislativo. O ministro confirmou que o governo não vai prorrogar o emprego das Forças Armadas, que atuaram para liberar estradas durante a paralisação dos caminhoneiros, no contexto da Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Hoje encerra a vigência do decreto que autorizou o uso das Forças Armadas.
Em declaração na última quinta-feira (31), o presidente Michel Temer atribuiu o fim da greve ao diálogo. Em acordo com representantes dos caminhoneiros, o governo atendeu às reivindicações da categoria. Uma das medidas foi a redução de R$ 0,46 no litro do óleo diesel pelo prazo de 60 dias. Na sexta (1), o governo publicou portaria que trata da fiscalização para garantir que os postos de combustíveis repassem aos consumidores o desconto no preço do diesel.
Sobre o desconto no diesel, Sergio Etchegoyen informou que a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras que atua principalmente na distribuição e comercialização de combustíveis, se antecipou e já aplicou o desconto em todo o seu estoque. Afirmando que será dado prosseguimento aos processos já iniciados, relacionados à violência contra caminhoneiros e às sabotagens.
Participaram da reunião o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Sergio Etchegoyen, o ministro extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, a ministra da Advocacia-Geral da União, Grace Mendonça, o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Valter Casimiro, o ministro substituto da Justiça, Claudemir Brito, e o almirante de esquadra Ademir Sobrinho, chefe do Estado-Maior conjunto das Forças Armadas.
(informações Agência Brasil)