Após 23 dias de greve, a Justiça atendeu pedido da Prefeitura de Goiânia e decretou a ilegalidade do movimento de professores e administrativos da educação municipal. A decisão em liminar do desembargador Gerson Santana obriga os profissionais a retornarem imediatamente para as instituições. Caso não sigam a determinação, a categoria terá de pagar multa diária de R$ 5 mil por dia.
Um dos argumentos para a declaração da ilegalidade da greve por parte da Prefeitura é que o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiânia (Sintego) da categoria não comprovou a manutenção de 50% das unidades em funcionamento. De acordo com o magistrado, a Constituição Federal sobrepõe a prestação de serviços essenciais à população aos de greve e há risco de “lesão grave e de difícil reparação ao calendário escolar dos alunos”.
A reportagem do Diário do Estado entrou em contato com a presidente do Sintego, Bia de Lima, para se manifestar acerca da liminar. “Ainda não fui notificada”, disse. Na manhã desta quinta (07), os profissionais da educação se reuniram na Câmara Municipal de Goiânia para pressionarem os vereadores a votarem contra o projeto de lei enviado pelo prefeito Rogério Cruz. Enquanto ele propõe corrigir os salários dos professores de nível 2 em 10,16%, os grevistas exigem o pagamento retroativo da data-base e o reajuste do piso salarial, definido pelo governo federal em 33,24%, dentre outros benefícios.