Fim de ano exige atenção a golpes na compra de passagens e pacotes turísticos em redes sociais

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O período de férias e festas de dezembro costuma elevar a procura por viagens, o que também amplia o número de golpes envolvendo a venda de passagens aéreas, pacotes turísticos, reservas de hospedagem e aluguel de imóveis por temporada. A combinação entre ofertas atrativas e alta demanda cria um cenário favorável para a atuação de criminosos, especialmente em anúncios divulgados em redes sociais e sites.

A advogada criminalista Isadora Costa destaca a importância de redobrar a cautela antes de fechar qualquer compra relacionada a viagens. Segundo ela, verificar informações básicas como telefone, CNPJ e demais dados cadastrais é um passo essencial para confirmar se a empresa é regular. “Com uma checagem simples já é possível identificar se o consumidor está lidando com uma agência legítima ou com um perfil criado exclusivamente para aplicar golpes”, afirma.

Outro ponto de atenção, de acordo com Isadora, são sinais comuns em fraudes disseminadas na internet, como preços muito abaixo do mercado, ausência de endereço físico, inexistência de canais oficiais de atendimento e exigência de pagamento apenas via PIX ou transferência bancária. Ela explica que muitos golpes surgem em promoções falsas divulgadas nas redes sociais, em que criminosos criam perfis que imitam agências conhecidas para atrair as vítimas. Após o pagamento, desaparecem, e as reservas nunca são efetivadas.

A criminalista também alerta para a criação de sites falsos que reproduzem plataformas tradicionais de venda de passagens e hospedagens. De acordo com ela, esses portais são desenvolvidos para parecer legítimos, mas direcionam os pagamentos para contas particulares. “São páginas muito parecidas com as originais, o que dificulta a identificação da fraude por parte do consumidor”, observa.

O aumento da procura por viagens também eleva os casos de golpes envolvendo aluguel de casas e apartamentos para temporada, frequentemente anunciados em plataformas sem garantia ou em grupos de aplicativos de mensagens. Isadora explica que muitas vítimas só percebem a fraude ao chegar ao destino e descobrir que o imóvel não existe ou já está ocupado. Ela orienta que as consultas e reservas sejam feitas preferencialmente em canais oficiais, com avaliações verificáveis de outros usuários.

A advogada também chama atenção para detalhes que podem indicar páginas falsas, como erros de ortografia, troca de letras e pequenas alterações em nomes de sites ou endereços de e-mail. “Criminosos costumam copiar o endereço oficial e modificar apenas um caractere, acrescentar números ou usar domínios semelhantes para enganar o usuário”, explica. Segundo ela, observar esses elementos pode evitar que dados pessoais sejam capturados em armadilhas digitais.

Isadora Costa reforça que, ao perceber que foi vítima de golpe, o consumidor deve procurar imediatamente a Polícia Civil e registrar a ocorrência. Ela ressalta que a denúncia possibilita a investigação dos casos e também orienta a busca por atendimento jurídico especializado para adoção das medidas cabíveis e tentativa de ressarcimento dos prejuízos.

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