Fim do Samba de São Lázaro gera consternação e mobilização da comunidade

O Samba de São Lázaro, evento tradicional que acontecia todas as sextas-feiras em frente à Igreja de São Lázaro, no bairro da Federação, em Salvador, teve seu fim anunciado pela organização responsável. A festa, que era gratuita e muito popular entre os moradores da região, foi encerrada de forma definitiva, gerando consternação entre os frequentadores e organizadores.

Em comunicado divulgado nas redes sociais, os responsáveis pelo Samba de São Lázaro lamentaram o término do evento e destacaram o preconceito e as pressões sofridas. Segundo eles, a festa vinha sendo alvo de perseguição, com denúncias por parte de um vereador que alegava perturbação da ordem pública. Essas alegações resultaram em ações policiais, reboque de veículos e multas abusivas, prejudicando não apenas os organizadores, mas também os vendedores ambulantes que dependiam da festa para sua subsistência.

Diante dessa situação, os produtores do evento buscam apoio e visibilidade junto às secretarias de Cultura e Turismo, bem como à ministra da Cultura, Margareth Menezes, a fim de tentar reverter a decisão de encerrar o Samba de São Lázaro. Em seu comunicado, a equipe agradeceu o apoio recebido ao longo de três anos de realização do evento e ressaltou a importância da união do povo diante das adversidades.

Além disso, os organizadores criticaram a falta de valorização por parte da gestão municipal e das autoridades, cobrando um espaço adequado e condições para continuidade da festa. Um abaixo-assinado foi divulgado como forma de pressionar o poder público a rever a decisão de encerrar o evento, demonstrando a mobilização da comunidade em torno dessa causa.

Segundo relatos, o samba já havia passado por alterações, como mudança de horário, em resposta a denúncias de moradores sobre poluição sonora, engarrafamentos e outros problemas. Embora tenha tentado se adequar às exigências, o evento não resistiu às pressões e acabou sendo encerrado de forma abrupta, deixando os frequentadores órfãos de uma tradição que marcou a cultura local.

Diante desse cenário, o futuro do Samba de São Lázaro permanece incerto, enquanto a comunidade aguarda por posicionamentos das autoridades e a possibilidade de retomada da festa que encantou tantos corações ao longo dos anos. A luta pela preservação da cultura e da tradição comunitária se intensifica, evidenciando a importância do apoio mútuo e da resistência diante das adversidades.

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Morte de João Rebello em Trancoso: um mês sem desfecho e suspeitos foragidos

Passado um mês desde o assassinato do ex-ator mirim João Rebello no destivo turístico de Trancoso, Porto Seguro, Bahia, o caso ainda não teve desfecho. Dos três suspeitos envolvidos no crime, apenas um se entregou à polícia até o momento, enquanto os outros dois permanecem foragidos. Segundo o delegado Bruno Barreto, responsável pelo caso, não há novidades sobre as investigações até o momento.

João Rebello, de 45 anos, foi morto a tiros dentro de seu carro no dia 24 de outubro. Os relatos indicam que três homens em uma motocicleta efetuaram os disparos e fugiram logo em seguida. As investigações apontam que João foi vítima de um engano, pois não tinha qualquer envolvimento com atividades criminosas. Os suspeitos tinham como alvo um indivíduo que se assemelhava fisicamente a João e possuía um veículo semelhante ao dele.

O corpo do ex-ator mirim foi velado e enterrado no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro, com a presença de familiares e colegas de profissão como Patrícia Travassos, Nívea Stelmann e Ana Paula Tabalipa. Duas missas de 7º dia foram realizadas em homenagem a João, uma no Rio de Janeiro e outra em Trancoso, Bahia, onde ocorreu o crime.

Os suspeitos identificados no caso são Felipe Souza Bruno (Zingue), Anderson Nascimento Sena (Danda) e Wallace Santos Oliveira (WL). Até o momento, apenas Wallace se entregou às autoridades, enquanto os outros dois permanecem foragidos. Segundo a polícia, os três já tinham mandados de prisão em aberto por homicídio e tráfico de drogas.

João Rebello, sobrinho do diretor Jorge Fernando, atuou em diversas novelas da TV Globo, incluindo “Vamp”, onde interpretava o personagem Sig. Aos 45 anos, ele trabalhava como DJ sob o nome artístico “Vunje” e era conhecido em Trancoso por sua personalidade tranquila e pelas festas beneficentes que promovia na região.

Após um mês do ocorrido, a família e amigos de João Rebello aguardam por justiça e por respostas sobre o trágico acontecimento. Enquanto isso, as autoridades seguem em busca dos suspeitos foragidos, na esperança de esclarecer os fatos e garantir que a morte do ex-ator não fique impune.

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