Finados: variação de preços de flores chega a 585%

Com a proximidade do Dia de Finados, celebrado em 02 de novembro, o Procon Goiás realizou uma pesquisa comparativa de preços com flores, coroas e velas, itens tradicionalmente muito procurados pelos consumidores nesta data. Durante a pesquisa a maior variação encontrada foi de 585,71% e ocorreu na unidade de rosa branca, encontrada de R$ 1,75 a R$ 12. Outro item com diferença de preço considerável (515,38%) foi o vaso de crisântemo conhecido como bola belga nº 11, comercializado entre R$ 6,50 e R$ 40.

Velas também apresentaram oscilação de preço e merecem atenção do consumidor. Uma vela 5×5, por exemplo, tem sido comercializada de R$ 10 a R$ 42,05. Para quem optar por comprar coroa de flores, os pesquisadores encontraram esse item, de tamanho G, com menor preço R$ 250 e maior preço de R$ 500, apresentando uma variação de 100%.

O levantamento foi feito do dia 18 ao dia 23 de outubro, com 33 itens relacionados a essa data, em 18 estabelecimentos comerciais em Goiânia, principalmente nas proximidades dos cemitérios da capital.

ELEVAÇÃO E QUEDA DE PREÇOS

A pesquisa também aponta a variação anual nos preços dos produtos. Em relação a 2022, constatou-se a elevação de até 22,30% no preço da unidade de rosa branca. Ano passado, esse produto tinha preço médio de R$ 6,86 e, este ano foi encontrado por R$ 8,39.

Alguns itens apresentaram queda nos preços em relação a 2022. É o caso do vaso de margarida campestre, que tinha preço médio de R$ 50 no ano passado, e que em 2023 tem sido vendida ao preço médio de R$ 31,50, registrando uma variação negativa de 37%.

CONTRATAÇÃO DE PLANOS FUNERÁRIOS

De acordo com o Procon Goiás é preciso que o consumidor fique atento quanto à contratação de planos funerários no Dia de Finados, já que nessa data é comum o assédio de vendedores de planos de assistência funerária. Se houver interesse nesse tipo de serviço, a orientação é que o consumidor procure se informar em um outro momento, para analisar cuidadosamente o contrato.

É preciso cuidado também para que as empresas não se aproveitem do momento delicado e de sofrimento dos familiares enlutados para praticarem uma cobrança abusiva ou para alterarem unilateralmente o valor do serviço que foi contratado.

ORIENTAÇÕES GERAIS

O Procon Goiás orienta que o consumidor faça pesquisa antes da compra de qualquer produto. É importante analisar os preços entre os estabelecimentos, já que a variação dos valores é significativa, além de observar a qualidade dos itens.

Com relação às flores e velas, a orientação é que, se possível, sejam adquiridas com antecedência. É interessante também evitar a compra com os ambulantes que ficam nas portas dos cemitérios. Isso porque há a tendência de que os preços sejam mais elevados naquele momento.

Na hora da compra, o consumidor deve estar atento aos produtos em exposição, pois eles devem apresentar os preços de forma clara. Se existe a opção de parcelamento, a mercadoria deve conter os dois preços: o total à vista e o valor final parcelado com juros. O lojista deve informar também quais são os juros praticados, número e periodicidade das prestações, no caso de pagamento a prazo.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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