Final do Campeonato Distrital em Governador Valadares acaba em confusão e prisão

Final do Campeonato Distrital termina em pancadaria e prisão em Governador Valadares

A partida entre Porto, de Porto das Cachoeiras e Xonin, ocorrida no Campo da Liga de Futebol amador de Governador Valadares, no bairro São Paulo, acabou em confusão e violência no último domingo (08). O jogo, válido pela final do Campeonato Distrital, terminou em pancadaria entre torcedores, resultando na prisão de um jovem de 18 anos que foi flagrado portando uma garrucha calibre 32 e sete cartuchos intactos. A briga generalizada se iniciou assim que a partida encerrou, com a vitória do Porto nos pênaltis sobre o Xonin.

Segundo relatos de testemunhas, a confusão se estendeu para a rua Professora Conceição Teodoro, com torcedores envolvidos na briga próximo às arquibancadas. A presença de um jovem armado na arquibancada chamou a atenção das autoridades, que agiram imediatamente para contornar a situação. A Polícia Militar conseguiu deter o rapaz em flagrante, evitando que a situação saísse ainda mais do controle.

A ocorrência da pancadaria e da prisão durante o desfecho do Campeonato Distrital em Governador Valadares evidencia a importância de medidas preventivas e de segurança em eventos esportivos. A presença de armas de fogo em locais públicos representa um risco para a integridade de todos os presentes, tornando imprescindível a atuação rápida e eficaz das autoridades para garantir a ordem e a tranquilidade.

A notícia do incidente que marcou o final do campeonato local reforça a necessidade de promover a cultura da paz e do fair play nos eventos esportivos, afastando a violência e os conflitos do ambiente esportivo. Manter a segurança dos torcedores, jogadores e demais envolvidos é fundamental para preservar a integridade física e emocional de todos, além de garantir a continuidade de competições e celebrações esportivas de forma pacífica e harmoniosa.

O Diário do Estado seguirá acompanhando os desdobramentos desse episódio e trazendo informações atualizadas sobre o caso. É importante que eventos esportivos como o Campeonato Distrital de Governador Valadares sejam realizados em um clima de respeito mútuo e civilidade, valorizando o esporte como ferramenta de inclusão e integração social. A segurança e o bem-estar de todos os envolvidos devem ser prioridades em qualquer competição esportiva, contribuindo para a construção de uma comunidade mais unida e pacífica.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Idoso morre após receber 4 doses de quimioterapia de uma vez: Justiça investiga caso de erro médico no hospital MedSênior

Investigação aponta que idoso morreu após receber 4 doses de quimioterapia de uma vez: ‘Agora é contar com a Justiça’, diz família

Inquérito da Polícia Civil indiciou enfermeiro e médica responsáveis pelo tratamento. Investigação confirmou que idoso recebeu 8,78 mg do remédio, enquanto prescrição era de 2,29 mg.

Nilton Carlos Araújo, que morreu após denúncia de erro médico. — Foto: Arquivo Pessoal

A Polícia Civil concluiu a investigação e apontou que Nilton Carlos Araújo, de 69 anos, morreu após receber quatro doses de quimioterapia de uma única vez durante tratamento no hospital MedSênior, em Belo Horizonte, em agosto deste ano.

O enfermeiro e a médica responsáveis pelo tratamento foram indiciados por homicídio por dolo eventual — quando não há intenção, mas se assume o risco de matar. A pena pode variar de 6 a 20 anos de prisão.

O Diário do Estado procurou a MedSênior, que afirmou que “confia no Poder Judiciário e está à disposição para colaborar com as autoridades”.

Segundo a investigação, em 19 de agosto, o enfermeiro aplicou quatro injeções, totalizando 8,78 mg do remédio. A prescrição médica, por sua vez, era de apenas 2,29 mg.

O profissional ignorou as etiquetas que estavam nas outras seringas, que tinham nomes de outros pacientes que recebiam o tratamento.

O enfermeiro comunicou a situação à enfermeira-chefe, mas não registrou o incidente no prontuário e ainda retirou a etiqueta de todas as injeções. A médica responsável também foi comunicada e não tomou nenhuma atitude.

> “O enfermeiro viu o erro dele e não fez nenhuma evolução no prontuário do meu pai. A enfermeira-chefe comunicou à médica, que não deu assistência alguma. Se tivessem feito alguma coisa, uma hemodiálise, por exemplo, ele estaria vivo”, lamentou Carolina Araújo, filha de Nilton, que acompanhou as investigações.

Caso foi registrado no Hospital da MedSênior, no Gutierrez, em Belo Horizonte. — Foto: Vagner Tolendato/TV Globo

Ainda de acordo com a investigação, a conduta da médica e do enfermeiro contribuiu para o agravamento do estado de saúde da vítima.

Nilton apresentou um mal-estar no dia em que recebeu a superdosagem e continuou com a saúde debilitada nos dias seguintes. Ele morreu quatro dias depois (relembre o caso abaixo).

De acordo com a família, o enfermeiro e a médica indiciados não trabalham mais na rede de hospitais MedSênior. Os dois estavam cientes dos protocolos de segurança previstos pela empresa, mas não os seguiram.

A investigação ouviu testemunhas, analisou prontuários médicos e laudos periciais e concluiu que os profissionais assumiram o risco de matar ao optar por não agir, mesmo tendo plenas condições de tentar evitar a morte do paciente.

Nilton Carlos Araújo e a filha, Carolina Araújo. — Foto: Arquivo Pessoal

A família de Nilton conta que as celebrações de final de ano foram difíceis com a ausência dele.

> “Os dias 24 e 25 foram horríveis para todo mundo, já que ele sempre fez questão da família. Sempre ficamos lembrando como seria se ele estivesse aqui. Lembramos dele em cada segundo, cada detalhes. Agora, é contar com a Justiça”, completou Carolina Araújo.

O resultado das investigações será submetido ao Ministério Público, que vai analisar e decidir se apresentará uma denúncia na Justiça contra o enfermeiro e a médica. Se a denúncia for apresentada, a Justiça dará início a um processo judicial contra eles.

O idoso fazia tratamento contra mieloma múltiplo todas as segundas-feiras no hospital da MedSênior no bairro Gutierrez, Região Oeste de BH, desde março de 2024.

No dia 19 de agosto, um enfermeiro diferente do habitual ficou encarregado de administrar a quimioterapia e aplicou quatro injeções, em vez de uma, conforme previsto no prontuário médico.

Nilton já começou a passar mal na tarde daquele dia. Retornou ao hospital, recebeu atendimento e voltou para casa. Entretanto, continuou com a saúde debilitada com o passar dos dias.

No dia 21, a situação dele piorou, e ele voltou ao hospital, de cadeira de rodas, e precisou ser internado.

O idoso ficou em coma induzido ainda na própria unidade da MedSênior, com estado de saúde instável e alterações nos batimentos cardíacos e na saturação de oxigênio.

No dia 22, ele foi transferido para um hospital maior, no bairro Serra, Região Centro-Sul da capital, e faleceu em seguida.

VÍDEOS MAIS ASSISTIDOS DO Diário do Estado

50 vídeos

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp