Fiscais aplicam mais de R$ 27 mil em multas em ação contra pesca predatória

Durante ação para combate às atividades de pesca predatória, fiscais apreenderam diversos itens de pescaria e mais de 50 quilos de pescados

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) autuou 24 pescadores por pesca predatória na Bacia do Paraíba. A ação, batizada de Operação Piracema 2023, ocorreu, em sua terceira etapa, entre os dias 17 e 23 de fevereiro. Foram aplicados mais de R$ 27 mil em multas, pelos fiscais da pasta. A atividade está proibida nesta e em outras bacias localizadas no Estado devido ao período de defeso anual, que segue até dia 28 de fevereiro.

Segundo a Gerência de Fiscalização da Semad, foram apreendidos mais de 50 quilos de peixes. A maioria dos animais resgatados estavam vivos, e foram soltos de imediato. Além disso, a fiscalização também apreendeu materiais de pesca utilizados para a atividade ilegal: 98 varas, 67 molinetes, 19 carretilhas, duas redes, um espinhel, uma tarrafa, um arbalete e outros apetrechos diversos de pesca.

Para realizar a fiscalização, a Semad mobilizou duas embarcações. Além disso, os fiscais montaram uma barreira para inibir a caça e o transporte dos pescados.

Cota zero

Em 2020, o Governo de Goiás publicou a Instrução Normativa 02/2020 que fixa o período de defeso no Estado e estabelece a cota zero para atividades de pesca até 06 de maio de 2026. O texto vem como forma de assegurar a reprodução da vida aquática nos rios goianos, fontes de alimento e renda para milhares de cidadãos, além de garantir a sustentabilidade no ambiente turístico.

O período de defeso é realizado todos os anos e ocorre entre 1º de novembro e 28 de fevereiro. Durante o período citado, ficam proibidas as atividades de pesca predatória em todas as bacias hidrográficas do Estado, excetuando-se apenas as atividades de pesca esportiva e para subsistência. De acordo com a Instrução Normativa, no período, fica permitida apenas a captura para consumo local do pescado, com quantidade limite de estocagem de cinco quilos de pescado por pescador.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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