Fiscais da Semad aplicam R$ 144 mil em multas por pesca ilegal e salvam 12 tartarugas capturadas em Aruanã

Ao término da terceira semana de fiscalização contra a pesca ilegal em Aruanã e outros municípios do Alto Araguaia, o valor das multas aplicadas pelos fiscais da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) chega a R$ 144,4 mil. Ao todo, foram lavrados 44 autos de infração.

Os fiscais também resgataram 12 tartarugas que haviam sido capturadas e 16 espécimes diversas de pescado, que foram devidamente devolvidas à natureza. Já o volume de pescado apreendido chega a 130 kg. A parte que ainda estava apta para o consumo foi doada ao Lar São Paulo Apóstolo, em Araguapaz, e o restante foi destruído.

Durante a fiscalização, na noite da última segunda-feira, 03, a equipe abordou uma embarcação suspeita, com três indivíduos, e constatou que um deles estava foragido. Com o apoio do Batalhão Ambiental da Polícia Militar, ele e os outros dois homens foram conduzidos para delegacia de Nova Crixás. O rapaz procurado pela Justiça havia sido condenado por homicídio.

Com eles, havia espingardas de diferentes calibres e uma garrucha, além de dezenas de munições. Também estavam no barco um cilibrim, duas lanternas, duas redes de espera, rádios de comunicação, facas, canivete, chave de fenda e ainda uma canoa com motor e tanque. O deslocamento seria para um local de caça. Foram lavrados três autos de infração, que somados chegam ao valor de R$ 3 mil.

Equipamentos

No decorrer das três semanas de fiscalização contra a pesca ilegal, os fiscais também apreenderam equipamentos utilizados na prática infracional. Até agora, foram quatro carretilhas, 13 molinetes, 16 varas, um carretel, dois apetrechos de pesca, 11 tarrafas, seis redes, dez canoas, 11 motores, uma lancha, dois cambuís, 50 pindas, duas caixas térmicas, sete tanques de combustível, uma bateria, um celular e um revólver com cinco munições. As ações de fiscalização da Semad na região do Araguaia tiveram início em 15 de junho.

Na comparação entre a primeira e a terceira semana houve um aumento de 622% no valor das multas aplicadas, de 33% do volume de pescado apreendido e de 133% na quantidade de autos. Já a quantidade de animais que foram resgatados com vida e devolvidos para natureza saltou de zero para 27.

Licença e outras regras

Para garantir que a pesca não comprometa o equilíbrio da biodiversidade nos rios, córregos e demais corpos hídricos em território goiano, o pescador deve cumprir uma série de requisitos. Um deles é o de tirar a licença obrigatória de pesca no portal Expresso, do Governo de Goiás.

É importante também saber que a Instrução Normativa 02/2020 estabeleceu um tamanho mínimo e um máximo para cada espécie de peixe que pode ser pescado nas bacias do Estado. No Araguaia pode-se citar, por exemplo, o Mandubé (que precisa ter entre 30 e 35 cm), o Tucunaré (30 a 40 cm) e a Apapá (40 a 55 cm).

Cabe ainda ficar atento ao fato de que é proibido fazer o transporte de qualquer quantidade de pescado (a cota é zero) e só há permissão para o consumo, no local, de no máximo cinco quilos de peixe por licença emitida.

A Semad publicou no Instagram um post explicativo sobre o assunto, além da divulgação informativa nas cidades turísticas. No perfil da secretaria ainda é possível acessar o link da cartilha de pesca, com todas essas informações.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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