Fiscalização apreende 30 mil litros de azeite adulterado no Brasil

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O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) desclassificou dois lotes de azeite de oliva após constatar fraudes durante uma ação de fiscalização realizada pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov). Os produtos apreendidos, que totalizam 30,99 mil litros, foram considerados impróprios para consumo após análise laboratorial.

As amostras dos azeites das marcas Doma, de Santa Catarina, e Azapa, de São Paulo, foram avaliadas pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária. Os testes detectaram a presença de óleos vegetais diferentes daqueles exigidos pela regulamentação que define os padrões de qualidade do azeite de oliva. Os produtos eram comercializados em grandes redes de supermercados, como Comercial Zaffari Ltda. e Master Sonda Hipermercados.

Renato Fernandes, presidente do Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva), comentou sobre a importância das apreensões: “Elas representam um alento contra essa prática desleal, em que o consumidor é enganado, acreditando estar comprando azeite de alta qualidade, mas acaba levando um produto inferior e, às vezes, até impróprio para consumo.”

Fernandes também enfatizou a necessidade de um aumento nas análises sensoriais feitas pelo Mapa. “Somente o laboratório sensorial pode identificar corretamente se o azeite é de fato extravirgem. Por isso, pedimos que o Ministério realize essas análises com mais frequência, garantindo que mais marcas e redes de supermercados sejam fiscalizadas”, explicou.

O dirigente alertou ainda que muitas marcas de azeite no Brasil estão sendo vendidas com rótulos adulterados, classificando como azeite extravirgem produtos que, na verdade, são apenas azeites virgens.

O Ministério da Agricultura orienta os consumidores que compraram esses produtos a trocá-los, conforme as regras do Código de Defesa do Consumidor. Denúncias podem ser feitas por meio do canal Fala.BR, informando o local da compra.

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