Fiscalização contra a pesca ilegal no Araguaia chega à sexta semana

Fiscalização contra a pesca ilegal no Araguaia chega à sexta semana

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) continua a fiscalização contra pesca ilegal no rio Araguaia.

O trabalho entrou na sexta semana. Desde o início da operação, no dia 15 de junho, o volume de pescado apreendido pelos fiscais chegou a 178 kg.

Os peixes que ainda estavam apropriados para o consumo foram doados para o lar dos idosos São Paulo Apóstolo, em Araguapaz. O restante foi destruído.

Em cinco semanas, os fiscais lavraram 59 autos de infração e aplicaram multas cujo valor total chega a R$ 174,7 mil.

Além do que foi apreendido, a Semad resgatou 28 espécimes de pescado e 12 tartarugas ainda com vida, que foram devolvidos à natureza.

Considerando apenas os números da quinta semana de fiscalização, a Semad lavrou cinco autos, aplicou R$ 12,1 mil em multas, salvou seis espécimes capturadas, apreendeu 35 kg de pescado, uma motosserra e utensílios de pesca diversos. A operação continua até o fim de agosto.

PESCA ILEGAL

Os fiscais também já recolheram 185 equipamentos que estavam em posse dos autuados por pesca ilegal. A lista inclui uma zagaia, nove carretilhas, 20 molinetes, 31 varas, um carretel, dois apetrechos, uma bateria, 17 tarrafas, uma motosserra, seis redes, 12 canoas, 13 motores, uma lancha, um celular, cinco cadeiras para barcos, 12 cambuís, 50 pindas, duas caixas térmicas, sete tanques de combustível e um revólver com cinco munições.

A Semad editou normativas para garantir que a atividade de pesca não comprometa o equilíbrio da biodiversidade nos rios, córregos e demais corpos hídricos que cortam o território do estado.

É obrigatório, por exemplo, que o pescador esteja licenciado. Este processo de autorização é feito pela internet, no Portal Expresso, do Governo de Goiás.

LICENÇA

É vedado o transporte de qualquer quantidade de pescado e só existe a permissão para o consumo, no local, de no máximo cinco quilos de peixe por pescador, por licença emitida.

Outra regra importante está na Instrução Normativa 02/2020, disponível no site da Semad: existe um tamanho mínimo e máximo para cada espécie de peixe que pode ser pescado nas bacias hidrográficas de Goiás.

No Araguaia pode-se citar, por exemplo, o Mandubé (que precisa ter entre 30 e 35 cm), o Tucunaré (30 a 40 cm) e a Apapá (40 a 55 cm).

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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