Fisiculturista é morto durante treino em academia de São Paulo

Fisiculturista é morto durante treino em academia de São Paulo

Um ex-campeão brasileiro de fisiculturismo foi morto dentro de uma academia em Botucatu, no interior de São Paulo, na última terça-feira, 17. Eustácio Batista Dias, de 27 anos, foi alvejado por dois homens com armas que invadiram o local no momento em que ele treinava.

O momento do crime foi gravado por câmeras de segurança do local. Nas imagens, é possível ver o momento em que os criminosos entram armados e executam a vítima, que aparece de camisa vermelha no vídeo. Eustácio cai no chão, aparentemente morto, mas continua sendo alvejado pelos criminosos, que fogem logo em seguida.

O dono do estabelecimento, vestido de azul, também aparenta ter sido atingido pelas balas. Não há informações sobre o estado de saúde dele.

A equipe da Polícia Civil e Militar de São Paulo estiveram no local para investigar o crime. Duas pessoas chegaram a ser levadas à delegacia, onde foram ouvidas e liberadas. Até o momento, nenhum suspeito foi preso.

Quem era Eustácio?

Eustácio era atleta de fisiculturismo e morava em Botucatu há dois anos. Através das redes sociais, ele aparentava estar animado após voltar aos treinos, depois que ficou afastado devido a questões psicológicas. Ele teria chegado a compartilhar uma foto na academia minutos antes do crime, o que teria ajudando os criminosos a saber suas localizações.

Como atleta, o baiano foi campeão brasileiro na Categoria Men’s Physique, em 2018. Ele também venceu o campeonato estadual no Espírito Santo, em 2019, e possuía quase 11 mil seguidores no Instagram. Além disso, ele era criador de conteúdos no YouTube e compartilhava vídeos sobre fisiculturismo, mudanças no corpo e aplicações de anabolizantes.

O atleta possuía também uma extensa ficha criminal na polícia. Eustácio esteve envolvido com tráfico de drogas e jurado de morte, tanto na Bahia quanto no interior de São Paulo. Em 2021, ele foi preso junto com o irmão por portar três porções de maconha, nove papelotes de cocaína, quatro smartphones e R$ 2.437 em espécie.

Eustácio tinha também passagem pelo sistema penitenciário em Teixeira de Freitas.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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