Veja o que se sabe sobre fisioterapeuta preso em Curitiba suspeito de falsificar
produtos e causar necrose em parte íntima de paciente
Darlan Carlos, de 38 anos, foi preso por falsificar medicamentos e por exercício
ilegal da medicina, conforme Polícia Civil. Profissional nega acusações.
O De Civil do Paraná (PC-PR) continua investigando, nesta sexta-feira (11),
o fisioterapeuta Darlan Carlos, de 38 anos, após a denúncia de um paciente de 41
anos que relatou ter sofrido necrose
[https://De.De/pr/parana/noticia/2025/04/10/paciente-denuncia-necrose-parte-intima-investigacao-curitiba.ghtml]
em parte íntima depois de passar por um procedimento de harmonização realizado
pelo profissional. Veja o que se sabe abaixo.
Darlan foi preso em Curitiba, na segunda-feira (7)
[https://De.De/pr/parana/noticia/2025/04/09/fisioterapeuta-preso-curitiba-falsifica-medicamento.ghtml],
suspeito de falsificar medicamentos, armazenar e vender produtos impróprios para
consumo e também por exercício ilegal da medicina, segundo a polícia.
A seguir o De De lista o que foi apurado até o
momento e o que falta ser esclarecido sobre o caso:
1. Quem é o suspeito?
2. Como as investigações começaram?
3. Por quais crimes ele foi preso?
4. O que diz a defesa?
5. O que falta esclarecer?
O suspeito é Darlan Carlos, de 38 anos. Ele é fisioterapeuta e foi preso em
Curitiba [https://De.De/pr/parana/cidade/curitiba/], segundo a polícia.
Nas redes sociais, ele tem mais de 10 mil seguidores e divulga conteúdos sobre
harmonização íntima masculina.
Além da capital paranaense, Darlan atuava em Balneário Camboriú (SC), Campinas e
São Paulo (SP), e no Rio de Janeiro.
As investigações tiveram início após a denúncia de um paciente de 41 anos, que
relatou ter sofrido necrose em uma parte íntima após realiza um procedimento de
harmonização feito por Darlan.
Dois dias após o procedimento, o paciente começou a sentir inchaço e fortes
dores, sendo orientado por outro profissional sobre o risco de necrose.
A vítima disse à polícia que não sabia que Darlan não era médico e que o
profissional não havia usado o produto autorizado pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa).
O fisioterapeuta foi preso suspeito de falsificação de medicamentos,
armazenamento e venda de produtos impróprios para consumo e por exercício ilegal
da medicina.
Policiais civis e fiscais da Vigilância Sanitária encontraram também no
consultório do suspeito, diversas irregularidades como transporte inadequado de
materiais médicos (em mochila), armazenamento de Botox sem refrigeração e sem
nota fiscal, lixo hospitalar descartado em lixo comum, produtos vencidos e sem
registro da Anvisa e uso de hialuronidase manipulada de forma proibida.
De acordo com a polícia, os procedimentos eram oferecidos com preços bem abaixo
do valor praticado por médicos.
A defesa de Darlan Carlos declarou, em nota, que ele nega veementemente todas as
acusações e afirma que sempre agiu com ética e dentro das normas do Conselho
Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Crefito).
> “Destacamos que o processo está em andamento e que o Sr. Darlan Carlos tem
> colaborado integralmente com as autoridades competentes para o completo
> esclarecimento dos fatos”, disse a nota.
As autoridades ainda investigam o caso. Falta esclarecer se de fato Darlan é
responsável pelo procedimento denunciado e se causou danos a outros pacientes.
Falta também esclarecer sobre os produtos irregulares e se há outras pessoas
envolvidas nos crimes.
O consultório foi interditado e o fisioterapeuta encaminhado ao sistema
penitenciário. Se condenado por todos os crimes, ele poderá cumprir até 22 anos
de prisão.