Flamengo contrata médico ultrassonografista e adota novo método de prevenção de lesões
Clube compra aparelho de ultrassom mais moderno. Câmaras hiperbáricas não são mais utilizadas
Flamengo enfrenta o Vasco pela semifinal do Campeonato Carioca
A reformulação do departamento médico do Flamengo em 2025 também envolve uma mudança de filosofia no combate e prevenção das lesões. O clube comprou um aparelho mais moderno de ultrassom, que ainda vai chegar, e contratou Bruno Hassel, médico ultrassonografista e radiologista, para ir de duas a três vezes por semana no Ninho do Urubu e fazer o acompanhamento dos jogadores.
Internamente, o entendimento é que as ressonâncias magnéticas “superestimam” as lesões. O Flamengo já tem um aparelho de ultrassom e ficará com dois para fazer um controle da cicatrização dos músculos lesionados. O Palmeiras é outro clube que usa o aparelho no dia a dia. Além disso, os ultrassons também serão usados sempre que um jogador apresentar sinais de desgaste, como por exemplo através do exame de sangue (CK), e a imagem vai ajudar a identificar se há risco de lesão.
O Flamengo vem sofrendo neste início de temporada e teve cinco jogadores no departamento médico em um mês: Alex Sandro, Juninho, Ayrton Lucas, Michael e Cebolinha. Nenhum deles voltou a jogar ainda, mas Ayrton é quem está mais perto e deve ser relacionado para o jogo de sábado contra o Vasco, pela semifinal do Campeonato Carioca. A tendência é que Alex Sandro e Juninho retornem na partida de volta, no sábado da semana que vem.
O novo departamento médico do Flamengo também decidiu inutilizar as quatro câmaras hiperbáricas compradas pelo clube em 2021, ao custo de R$ 300 mil cada aparelho na época. A informação foi divulgada pelo jornal “O Globo” e confirmada pelo ge. A gestão anterior da pasta acreditava que os equipamentos ajudavam a recuperação de lesões e também no processo de regeneração pós-jogo. Uma visão que não foi mantida com a troca de comando no DM.
Internamente, hoje acredita-se que não há comprovação científica para o uso das câmaras na medicina esportiva. Fizeram um levantamento em outros clubes pelo mundo e entre os que usam cada um adota um protocolo diferente, o que sustenta a visão deles de que não há nada concreto sobre benefícios. Além disso, consideram que os riscos são muito graves, como por exemplo um aparelho que explodiu recentemente nos Estados Unidos.
Outro ponto que pesou para a inutilização das câmaras é que um levantamento interno do departamento médico, desde 2021 até o ano passado, última vez que elas foram utilizadas, apontou que houve um decréscimo de uso de 80%.