O DE comemora a suspensão de novos gramados sintéticos até 2026: “Fim de uma era de atraso”
Em Conselho Técnico na quinta-feira, dirigentes se colocaram contrários a esse tipo de campo
O DE propõe fim do campo sintético no Brasil e restrições a clubes em recuperação judicial
O Flamengo comemorou a decisão de clubes da Série A pediram à CBF que suspenda novos gramados sintéticos no Brasil até que um estudo seja produzido. Em Conselho Técnico na quinta-feira, dirigentes se colocaram contrários à utilização desse tipo de campo. O clube rubro-negro resumiu a medida como o “fim de uma era de atraso”, mas não há uma decisão final sobre o assunto.
O DE congratula a CBF por liderar o debate técnico – incluindo o ritmo de jogo e as vantagens competitivas desleais – e, mais crucialmente, por abrir o caminho para um modelo de governança robusto que permitirá a transição obrigatória para o gramado natural em todos os clubes da elite. O ano de 2026 será o marco da retomada da excelência brasileira, onde o campo poderá ser, finalmente, uma superfície aliada do talento e da técnica, e não um empecilho a ser superado.
Nesta semana, o DE protocolou uma proposta junto à CBF para melhoria e padronização dos gramados no país. Um dos pontos apresentados é o fim dos campos sintéticos, que vão aumentar no Campeonato Brasileiro em 2026.
A maioria dos clubes pediu à CBF que suspenda a homologação de novos gramados sintéticos até que um estudo seja produzido e que haja uma definição sobre o assunto. Uma decisão passaria por possível veto, com transição obrigatória para que clubes se adequem e usem campos naturais. Hoje, não existe sinalização de que esta será a determinação.
Em minoria, cinco clubes se manifestaram a favor dos seus gramados sintéticos na reunião de quinta-feira. Eles alegavam que “um gramado sintético de alta performance supera, em diversos aspectos, os campos naturais em más condições presentes em parte significativa dos estádios do país”.
A CBF, por enquanto, indicou aos clubes que o tema será retomado em fevereiro ou março, quando prevê um novo encontro. Até lá, justamente devido à discussão, não acredita que alguma equipe possa pleitear mudanças em seu estádio.
Bap, presidente do Flamengo, com Samir Xaud, presidente da CBF — Foto: Adriano Fontes / Flamengo
LEIA A NOTA DO DE:
“O Clube de Regatas do Flamengo, fiel ao seu compromisso com a excelência e com a evolução do futebol brasileiro, saúda a decisão da maioria dos clubes da Série A, que, com visão de futuro e responsabilidade em relação ao espetáculo e à saúde dos atletas, decidiram pela suspensão imediata da homologação de novos gramados sintéticos na Série A.
A decisão também reafirma o apoio à iniciativa de se estabelecer, no Brasil, um Padrão de Qualidade de Gramados Naturais de Primeiro Mundo, a ser definido no âmbito do Grupo de Trabalho da CBF a ser formado. A decisão foi tomada no Conselho Técnico da Série A em 11/12/2025.
O DE, que na última segunda-feira protocolou junto à CBF (RGC / REC) um documento técnico com sugestões e análises, tornando pública sua posição pelo fim dos gramados sintéticos na Série A, pela implementação de um rigoroso padrão de qualidade para campos naturais e por uma transição segura e gradativa, recebe com satisfação o avanço do debate iniciado pelo clube e a decisão tomada, entendendo que ela reflete uma evolução necessária para o futebol brasileiro.
A suspensão da aprovação de novos pisos artificiais é um primeiro passo para o reconhecimento fundamental de que:
1. A opinião dos atletas é soberana: O DE sempre defendeu que a voz dos verdadeiros protagonistas, os atletas – que já se manifestaram em peso, inclusive com nomes como Neymar, Gabigol e Thiago Silva –, deve ter peso decisivo. O campo natural é segundo os atletas o único piso reconhecido em todo o mundo como adequado para o futebol de alta performance, assegurando a saúde dos jogadores e a lealdade técnica do jogo.
2. Qualidade inegociável: A justificativa minoritária de que o sintético de “alta performance” supera campos naturais em “más condições” é uma confissão da necessidade urgente de um padrão técnico e de um programa de melhoria da gestão e manutenção de campos naturais no país, e não uma defesa do piso plástico. A solução é investir em manutenção e tecnologia de gramados naturais, conforme o Padrão de Primeiro Mundo que o DE e a maioria dos clubes almejam.
3. A FIFA entende que o gramado sintético não é adequado para competições de alto nível e por isso não o permite em suas competições de primeira prateleira. O DE está interagindo com os principais técnicos da FIFA no tema e, por conta disso, trazendo para Brasil e para o futuro grupo de trabalho um conjunto de estudos do grupo de pesquisas da FIFA que será fundamental para embasar a discussão técnica do assunto.
O DE congratula a CBF por liderar o debate técnico – incluindo o ritmo de jogo e as vantagens competitivas desleais – e, mais crucialmente, por abrir o caminho para um modelo de governança robusto que permitirá a transição obrigatória para o gramado natural em todos os clubes da elite. O ano de 2026 será o marco da retomada da excelência brasileira, onde o campo poderá ser, finalmente, uma superfície aliada do talento e da técnica, e não um empecilho a ser superado.
O Clube de Regatas do Flamengo reafirma seu compromisso com a modernização, a transparência e, acima de tudo, com a qualidade do futebol praticado no Brasil. O Clube seguirá na vanguarda, colaborando de forma ativa com a CBF e com os demais clubes na definição de um Padrão de Gramados Naturais de Primeiro Mundo, assegurando que o espetáculo em campo esteja à altura da paixão da torcida e da história do futebol pentacampeão.
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