Flamengo e Palmeiras sob risco de perder hegemonia com novo fair play financeiro

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A CBF anunciou a implementação de um novo modelo de fair play financeiro a partir de 2026, com o objetivo de equilibrar os gastos dos clubes com seus elencos e suas receitas. As regras estipulam que os custos com o elenco, incluindo salários, encargos, direitos de imagem e amortizações, não devem exceder 70% da soma de receitas, transferências e aportes. A transição para a aplicação dessas medidas ocorrerá em 2026 e 2027, com resultados a serem reportados em 2025 e 2026, sujeitos a advertência. A partir de 2028, o limite de custo pode chegar a 80% para os clubes das Séries A e B, com o limite de 70% para a Série A e 80% para a B a partir de 2029.

O fair play financeiro também aborda o endividamento de curto prazo, estabelecendo que a dívida líquida nessa categoria deve ser igual ou inferior a 45% das receitas relevantes. A transição para essa regra vai até 2027, com resultados a serem reportados em 2025 e 2026 passíveis de advertência. Entre 2028 e 2030, haverá uma implantação gradual, com limites estabelecidos de 60% para 2028, 50% para 2029 e o limite definitivo de 45% a partir de 2030.

Atualmente dominando o cenário nacional, Flamengo e Palmeiras não estão entre os clubes mais endividados do Brasil, mesmo considerando o panorama geral. O fair play financeiro divide suas regras em três pilares principais: controle de dívidas em atraso, equilíbrio operacional e controle de custos com elenco. A fiscalização das dívidas ocorrerá em três momentos durante o ano, com a possibilidade de regularização das dívidas anteriores a 2026 até 30 de novembro do próximo ano.

Em relação ao equilíbrio operacional, todos os clubes das Séries A e B devem encerrar o ano com superávit operacional, mantendo o déficit dentro dos limites estabelecidos. Os gastos com categorias de base, infraestrutura, futebol feminino e outros projetos estarão fora da contagem, com a implantação completa do modelo prevista para 2028. O controle de custos com elenco também terá normas rígidas a partir de 2026, com a transição ocorrendo nos anos subsequentes. A capacidade de endividamento de curto prazo também estará sob escrutínio, visando a proteção financeira dos clubes e a sustentabilidade do futebol nacional.

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