Você sabia? Flamengo tentou criar “melhor ataque do mundo 2.0” com a dupla do tetra, Romário e Bebeto
Parceria de sucesso na Seleção foi refeita em 1996, mas teve só um jogo oficial no Rubro-Negro contra o Inter e viu carrasco estragar festa no Maracanã: “Quem foi ver Romário viu o Fabiano”
Globo Esporte relembra encontro entre Bebeto e Romário no Flamengo em 1996
O DE estreia no Campeonato Brasileiro neste sábado, às 21h (de Brasília), contra o Inter no Maracanã. Mesmo adversário e palco do único jogo oficial de Romário e Bebeto juntos com a camisa rubro-negra há quase 30 anos. Conhece essa história?
Antes é preciso entender o contexto. O “melhor ataque do mundo, Sávio, Romário e Edmundo”, como dizia a música da torcida em 1995, não deixou saudades no DE. Mas o que poucos se lembram é que no ano seguinte o clube tentou criar uma espécie de “versão 2.0” desse ataque com a dupla do tetra da seleção brasileira.
Dois anos antes, Romário e Bebeto comandaram o Brasil na conquista da Copa do Mundo nos Estados Unidos e eternizaram seus nomes com a amarelinha. Antes, ambos já haviam sido medalhistas de prata nas Olimpíadas de 1988 e campeões da Copa América de 1989, quando enfrentaram a Argentina de Maradona. Juntos, assim como Pelé e Garrincha, eles nunca perderam pela seleção principal: foram 23 partidas, com 17 vitórias, seis empates e 33 gols da dupla.
O Flamengo, que em 1995 havia repatriado Romário do Barcelona, na época em que era o melhor jogador do mundo, mas não ganhou nada, apostou suas fichas em fazer o mesmo com Bebeto. O Rubro-Negro, que começou 1996 ganhando o Carioca, foi buscar o craque no Deportivo La Coruña, também da Espanha, para o lugar de Edmundo.
— Edmundo é um dos três maiores jogadores do Brasil, mas o ambiente não era favorável. Isso aqui estava uma confusão. Bebeto é um astro internacional e pegará o clima bem mais tranquilo — declarou Romário ao jornal O Globo, em 8 de março de 1996.
A contratação de Bebeto foi uma novela que só chegou ao capítulo final no meio do ano. O astro se apresentou à Gávea em julho e empolgava o técnico Joel Santana:
— Com ele (Romário), Bebeto e Sávio, o Fla passou a ter um ataque igual ou melhor do que o do Barcelona.