Flávia Alves Musto, uma brasileira condenada por mandar matar o ex-marido há mais de 20 anos, teve seu paradeiro descoberto e foi presa pela Interpol na cidade de Pisa, na Itália. Ela é acusada de contratar pistoleiros para assassinar Isaías de Lira, de 27 anos, encontrado morto em 14 de agosto de 2005.
Flávia Alves Musto foi condenada por mandar matar o ex-marido, Isaías de Lira, no Grande Recife. Após uma semana de sua prisão, a Interpol efetuou sua captura na cidade italiana de Pisa. Flávia reside no exterior desde o crime, ocorrido há duas décadas em Paulista, no Grande Recife. Ela é acusada de contratar pistoleiros para sequestrar e assassinar Isaías de Lira, de 27 anos.
Após seu paradeiro ficar desconhecido desde 2015, a família de Isaías conseguiu descobrir o paradeiro de Flávia, graças à assistente jurídica Allira Lira, irmã da vítima. A localização foi revelada por meio de uma certidão de casamento encontrada no nome da ex-cunhada com um italiano, em um cartório de Petrolina. Allira descreveu o processo de descoberta, que culminou na prisão de Flávia Alves Musto.
A acusada, natural de Sobradinho (BA), teve seu relacionamento com Isaías de Lira marcado por conflitos, o que resultou em uma separação conturbada e repleta de episódios de ciúmes. O desfecho trágico ocorreu quando Isaías foi sequestrado e assassinado em um evento em comemoração ao seu aniversário. Testemunhas descrevem a ação dos criminosos no momento do sequestro.
O inquérito que apurou o crime levou sete anos para ser concluído e passou por diversas autoridades. Allira Lira, irmã da vítima, revelou que, após a conclusão das investigações, Flávia Alves foi condenada a 29 anos de prisão, pena posteriormente reduzida para 21 anos. Após se casar com um italiano em 2014, Flávia deixou de comparecer às audiências, sendo então considerada foragida.
Flávia Alves Musto aguarda a análise de um pedido de extradição feito pela Justiça brasileira, após a prisão efetuada pela Interpol na cidade de Pisa. A condenada foi encaminhada para uma unidade prisional na Itália, onde permanece detida. O caso de Flávia Alves Musto exemplifica as complexidades e desdobramentos de crimes que atravessam fronteiras e envolvem diferentes jurisdições.