Flaviane Scopel é pré-candidata a Prefeitura de Jataí

“Decidi, não foi fácil”. Assim pode ser resumida a trajetória política de Flaviane Scopel, do Cidadania, até se tornar pré-candidata à prefeitura de Jataí. Ao Diário do Estado, Scopel disse que aceitou, mas não sem a presença do medo: “justamente por essa responsabilidade que é você se tornar espelho de uma cidade”.

A candidata declarou acreditar numa política diferente, que, segundo ela, tanto faz falta na realidade nacional, e também do município de Jataí. “Somos carentes de uma política diferente em TODOS os sentidos”, disse. “Essa disputa de poder, de ego, de vaidade… quem me dera se a motivação de todos fosse o poder fazer“.

Esse “poder fazer” é o nome que Flaviane deu à sua principal razão para tentar a prefeitura de uma das cidades mais populosas de Goiás. “Essa motivação mesmo, em poder fazer a diferença”, declarou. Ao repórter Breno Magalhães, a entrevistada brincou ainda com a metáfora do poder: “o que será que tem nessa cadeira que as pessoas tanto querem?”.

Sobre ser uma mulher que está à frente, e assume a liderança política, Flaviane lembrou que a trajetória de conquista de espaço das mulheres “não é uma história que se construiu da noite pro dia”. Mas a candidata não descarta o papel do homem: “Mulher emoção, homem razão… nós precisamos colocar isso trabalhando juntos”, afirma, apostando numa parceria de sucesso entre os sexos.

Como exemplo de projetos que já conseguiu realizar, através do que chama de “parcerias público-privadas”, Scopel conta sobre a iniciativa de atrair turismo para sua cidade. “Nós começamos, em 2011, a fazer um projeto de decoração de natal com reciclados… no presídio, com ajuda de casas de recuperação”. Flaviane assume acreditar “muito nessas parcerias”.

A descentralização de projetos da mão do governo, segundo a candidata, facilita e propicia a realização das coisas. “Eu não posso impedir que outras pessoas apareçam, que ajudem a governar”. Vaidade, para ela, seria a palavra a ser excluída da politíca.

“Eu não sou, eu estou, e eu preciso deixar um legado”. Assista mais desta conversa:

 

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Vídeo: Circulação de fake news fez Goiás cair índice a cobertura vacinal infantil

Devido às baixas procuras por vacinas, em função da pandemia de Covid-19 e circulação de fake news, Goiás deu início nesta segunda-feira, 8, à Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e de Multivacinação para Atualização da Caderneta de Crianças e Adolescentes. O objetivo é reduzir o risco de transmissão de doenças imunopreveníveis, como a paralisia infantil, sarampo, catapora e caxumba. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%, ou seja, longe do ideal que 95%.

De acordo com a gerente do Plano de Nacional de Imunização (PNI) da Secretaria de Estado de Goiás, Clarice Carvalho, durante o período crítico da pandemia da Covid-1, no estado, muitos pais deixaram de levar as crianças até uma unidade de saúde para atualizar o cartão de vacinação. O medo, em parte, estava relacionado à doença, porém, a circulação de informações falsas contribuíram com o quadro.

“Muitas pessoas tinham receio de ir até uma unidade de saúde para se vacinar, mesmo estas unidades estando preparadas para acolher as pessoas. Ainda houve um receio, mas devido a circulação de fake news, informações incorretas, informações falsas, abordando a segurança da vacina”, explicou Clarice.

Para esse público, que ficou sem vacinar durante os últimos dois anos, os profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) vão elaborar um plano para que o esquema vacinal fique completo.

Além disso, de acordo com a gerente do PNI, em Goiás, diversos municípios já atuaram ativamente para buscar as crianças que precisam de algum imunizante.

“Os municípios têm trabalhado sim nesta busca ativa, indo nas casas, principalmente, para vacinar as crianças de acordo com as doses programadas para a sua idade”, explicou Clarice.

*Entrevista completa ao final do texto*

Multivacinação Infantil

A Campanha de Multivacinação está aberta em todos os 246 municípios goianos, com objetivo de sensibilizar pais e responsáveis a levarem as crianças e adolescentes aos postos de saúde para completarem o cartão vacinal.

Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) mostram que, nos últimos anos, as coberturas vacinais de todas as vacinas estão bem abaixo de 95%, meta preconizada pelo Ministério da Saúde (MS) para garantir a proteção coletiva de toda a população infantil. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%.

Risco

O Brasil já convive com a reintrodução de doenças que já haviam sido erradicadas. Dois anos depois da concessão do Certificado de País Livre do Sarampo, com a circulação do vírus dessa doença e a transmissão por mais de 12 meses consecutivos, o país perdeu essa certificação. De 2019 a 2020, foram 20 casos notificados em Goiás.

Também a difteria, que havia sido controlada, deixando de ser uma preocupação dos gestores de saúde, voltou a apresentar casos isolados. O último caso da doença havia sido notificado em 1998. Neste ano, foi registrado um caso da enfermidade, em Santa Helena de Goiás.

Com o vírus da poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, circulando em países da África e diante das baixas coberturas registradas nas crianças brasileiras, existe o risco do retorno dessa doença, prevenida com apenas duas gotinhas da vacina Sabin.

O Brasil não cumpre, desde 2015, a meta de imunizar 95% do público-alvo vacinado contra a poliomielite, patamar necessário para que a população seja considerada protegida contra a doença.

Sarampo, tétano, difteria, poliomielite, tuberculose, coqueluche, meningites e várias outras doenças são prevenidas com vacinas seguras, testadas e usadas há mais de 30 anos com sucesso no Brasil.

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