Flávio Bolsonaro denuncia William Bonner e Renata Vasconcelos por “notícia-crime”

Flávio Bolsonaro denuncia William Bonner e Renata Vasconcelos por “notícia-crime”

Nesta sexta-feira, 6, os advogados do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) protocolaram uma notícia-crime junto à Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática, no Rio de Janeiro. A defesa do senador quer uma investigação por suposto crime de desobediência por parte dos âncoras do Jornal Nacional: William Bonner e Renata Vasconcelos.

A equipe de advogados de Flávio alega que o telejornal desobedeceu uma ordem da Justiça ao divulgar informações da denúncia do Ministério Público no caso das “rachadinhas”. A Globo teria veiculado dados sobre o depoimento no MP-RJ, de Luiza Souza Paes, ex-assessora de Flávio, que teria assegurado a existência do esquema e os repasses para Fabrício Queiroz.

Segundo a Veja, William Bonner e Renata Vasconcelos devem ser chamados para depor nos próximos dias. No dia 4 de setembro, a juíza Cristina Serra Feijó, da 33ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio, proferiu tutela proibindo a TV Globo de “divulgar informações, exibir documentos e expor andamentos do processo da investigação criminal.

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PF investiga general ligado ao governo Bolsonaro por imprimir plano para matar Moraes, Lula e Alckmin no Planalto

A Polícia Federal (PF) revelou que o general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência e ex-ministro interino do governo Bolsonaro, teria impresso no Palácio do Planalto um “plano operacional” para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Denominado “Punhal Verde e Amarelo”, o plano de três páginas foi encontrado no gabinete da Secretaria-Geral. Fernandes foi preso na manhã desta terça-feira (19).

De acordo com a PF, o documento, salvo sob o título “Plj.docx” (referência à palavra “planejamento”), detalhava a execução do plano. Além disso, outros arquivos sensíveis, como “Fox_2017”, “Ranger_2014” e “BMW_2019”, foram localizados na pasta “ZZZZ_Em Andamento”, que a polícia interpretou como um indício de que as ações estavam em fase ativa. Curiosamente, os nomes dos arquivos remetiam a veículos pessoais do general, segundo o relatório policial.

A defesa de Mário Fernandes ainda não se pronunciou sobre o caso.

Operação e alvos

A operação desta terça-feira prendeu quatro militares e um policial federal, todos investigados por ligação com um suposto grupo denominado “Kids Pretos”, formado por integrantes das Forças Especiais. O grupo é acusado de planejar o assassinato de lideranças políticas após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Ao todo, a operação cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e determinou 15 medidas cautelares, incluindo a entrega de passaportes e a suspensão de funções públicas dos envolvidos. Entre os alvos estão Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, além do policial federal Wladimir Matos Soares.

A investigação faz parte de um inquérito mais amplo que apura possíveis tentativas de golpe de Estado relacionadas à eleição de 2022.

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