Flávio Silveira, aliado de Waguinho, assume presidência dos portos do Rio de Janeiro
A nomeação de Flávio Silveira, indicado pelo ex-prefeito de Belford Roxo, Waguinho, como presidente da PortosRio, responsável pela administração dos portos públicos do Rio de Janeiro, Itaguaí, Niterói, Angra dos Reis e do Forno, causou controvérsias no setor de infraestrutura. Mesmo com um pedido de inelegibilidade contra seu padrinho político, Flávio Silveira assumirá a gestão dos portos que movimentam cerca de R$ 55 bilhões anualmente com importações e exportações.
Anteriormente, Flávio ocupou os cargos de secretário da Saúde e da Casa Civil em Belfort Roxo. Sua indicação para a presidência dos portos do Rio de Janeiro foi vista com desaprovação por parte do setor privado de infraestrutura, que manifestou indignação diante da intenção do ex-presidente Lula de colocar Waguinho no comando dos portos.
A decisão de nomear Flávio Silveira foi considerada ilegal publicamente e, nos bastidores, como uma “aberração”. Em dezembro de 2024, o Ministério Público Eleitoral do Rio de Janeiro solicitou a inelegibilidade de Waguinho por suspeitas de abuso de poder, levantando questionamentos sobre sua conduta política. É importante ressaltar que Waguinho é próximo aliado de Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados.
No cenário político, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), resistiu à pressão de setores do PT fluminense em relação à nomeação de Flávio Silveira. Mesmo com a simpatia de Lula pela ideia de colocar Waguinho no comando dos portos, a indicação foi recebida com críticas e levantou debates sobre a legalidade e transparência nas nomeações políticas.
A presença de aliados políticos em cargos estratégicos da administração pública continua sendo motivo de discussão e polêmica. A indicação de Flávio Silveira como presidente da PortosRio levanta questionamentos sobre possíveis interferências políticas e nepotismo. A divergência de opiniões entre o setor privado e a classe política demonstra a complexidade e o embate constante no cenário governamental.