Flordelis ofereceu filha sexualmente a pastores estrangeiros e frequentava casas de swing

Depoimentos colhidos pela polícia durante a investigação que apontou a deputada federal Flordelis (PSD) como mandante do assassinato do marido, pastor Anderson do Carmo, revelam comportamentos divergentes da imagem que a pastora defendia como religiosa. O casal frequentava casas de swing e Flordelis chegou a oferecer uma das filhas afetiva do casal a pastores neopentecostais estrangeiros, disseram testemunhas. As informações foram exibidas pelo programa ‘Fantástico’ da TV Globo neste domingo.

“(A testemunha) lembra que em determinada época (os familiares) receberam a visita de pastores pentecostais estrangeiros. (…) O declarante lembra que, como forma de recepção para os tais pastores, (uma das filhas) foi oferecida sexualmente para os mesmos. Flordelis foi quem fez a oferta.”
As testemunhas também relatam que Anderson mantinha relações sexuais com uma filha afetiva contra sua vontade e com a autorização de Flordelis.
“A testemunha se recorda que (o pastor) Anderson com a permissão de Flordelis se relacionava sexualmente com uma das filhas afetivas, que não gostava dessa situação, mas obedecia”, registra o inquérito.

Flordelis apontada como mandante

Flordelis foi indiciada na segunda-feira como mandante do assassinato do próprio marido, Anderson do Carmo, em junho do ano passado. Para a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio, a deputada estava incomodada com o controle financeiro exercido pelo marido na família. O pastor controlava o dinheiro do Ministério Flordelis, rebatizado de Comunidade Evangélica Cidade do Fogo.
Seis familiares da deputada foram presos, Marzy foi uma delas, e 14 mandados de busca e apreensão sobre a morte do líder religioso foram cumpridos na casa da parlamentar, em Niterói, e em outros endereços ligados à ela, em São Gonçalo, na capital, e até mesmo Brasília.
Marzy fez buscas por assassino na internet
Marzy Teixeira fez buscas na internet que a levassem a encontrar uma pessoa para realizar o crime de matar o pastor Anderson do Carmo, de 42 anos.
De acordo com informações do portal G1, policiais da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI) apontaram que Marzy realizou pesquisas no Google de termos que a fizesse encontrar alguém para executar o serviço:

– “Assassino onde achar”
– “Alguém da barra pesada”
– “Barra pesada online”

Ainda segundo as investigações, Marzy também procurou por venenos.
– “Veneno para matar pessoa que seja letal e fácil de comprar”
– “Cianeto de cobre”
Crime

O pastor Anderson do Carmo morreu na madrugada do dia 16 de junho do ano passado, quando havia acabado de chegar com a esposa, em Pendotiba. Ele foi alvo de vários tiros, na garagem da residência. O laudo da necrópsia apontou que o corpo do líder religioso tinha 30 perfurações de bala.

Na ocasião, Flordelis afirmou que o marido tinha sido morto durante um assalto. Ela disse que os dois estavam sendo seguidos por suspeitos em uma moto quando voltavam para casa.
Dois filhos do casal, Flávio dos Santos Rodrigues, 38, filho biológico da deputada, e Lucas Cézar dos Santos de Souza, 18, adotado por ambos, vão ser julgados como executores do crime. Eles estão presos desde a época do assassinato.
“Flordelis é responsabilizada por arquitetar o homicídio, arregimentar e convencer o executor direto e demais acusados a participarem do crime sob a simulação de ter ocorrido um latrocínio. A deputada também financiou a compra da arma e avisou da chegada da vítima no local em que foi executada, segundo a denúncia”, afirma o MPRJ.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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