Flórida entra em estado de alerta para furacão Milton, de categoria 5

A Flórida está se preparando para enfrentar um dos desafios mais significativos em termos de tempestades nos últimos anos com a aproximação do furacão Milton, classificado como uma tempestade de categoria 5. Com ventos de até 257 km/h e um potencial de causar danos catastróficos, as autoridades estão emitindo alertas urgentes e ordens de evacuação.

Nesta segunda-feira, 7, o furacão Milton se transformou em uma tempestade de categoria, considerada a categoria mais poderosa, ao atingir o sudoeste do Golfo do México, a cerca de 1183 quilômetros de Tampa. Esta intensificação rápida é quase sem precedentes, atribuída ao recorde de calor nas águas do Golfo do México.

A previsão é que a tormenta chegue à costa do Golfo da Flórida nesta quarta-feira, 9, com o olho do furacão podendo atingir qualquer lugar da costa da Flórida, desde Cedar Key, ao norte, até Naples, ao sul, incluindo possivelmente as áreas de Tampa ou Ft. Myers. As ordens de evacuação obrigatória já foram emitidas para o Condado de Hillsborough, especialmente para as Zonas A e B, bem como para aqueles que vivem em casas móveis.

A prefeita de Tampa, Jane Castor, fez um alerta dramático aos moradores, afirmando que “se vocês escolherem ficar em uma dessas áreas de evacuação, vocês vão morrer”. Este alerta reflete a gravidade da situação, considerando que o furacão Milton traz uma ameaça “literalmente catastrófica” após o recente impacto do furacão Helene, que deixou centenas de mortos e milhões sem luz nos EUA.

As autoridades estão trabalhando arduamente para preparar a população para esta tempestade. O prefeito de Orlando declarou estado de emergência, e os moradores estão sendo aconselhados a se retirar ou se preparar para outra tempestade com risco de morte. As estradas estão congestionadas com pessoas fugindo do furacão, e os esforços de evacuação estão em pleno andamento.

Espera-se que o furacão Milton cresça em tamanho, o que significa que, embora possa diminuir de categoria, seus impactos perigosos serão espalhados por uma área muito maior. Isso inclui ventos fortes, tempestades com risco de vida e chuvas torrenciais, afetando significativamente a Costa do Golfo pela segunda vez em duas semanas.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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