Fluminense busca vitória decisiva contra Cuiabá na luta contra o Z-4 no Brasileirão

Fluminense tem último confronto direto como esperança contra o Z-4; veja retrospecto no Brasileirão

Com 31,4% de aproveitamento contra equipes que brigam contra o rebaixamento, Tricolor recebe o Cuiabá, único clube com desempenho pior em duelos cruciais contra a degola no campeonato.

O Fluminense encara o Cuiabá nesta quinta-feira, às 20h (de Brasília), no Maracanã, em um jogo que é praticamente uma final para o clube no Campeonato Brasileiro. Em caso de vitória, o Tricolor pode até se garantir na Série A, dependendo de outros resultados. Porém, se tropeçar, pode ver a permanência na elite se tornar dificílima, tendo em vista que encara o Palmeiras, no Allianz Parque, na última rodada.

O jogo da 37ª rodada é um duelo de equipes que brigaram na parte de baixo da tabela durante toda competição. Com o destino já selado, o Cuiabá não tem mais pelo que brigar no Brasileirão, enquanto o Fluminense necessita desesperadamente dos três pontos. E quando se fala em “confrontos diretos” no campeonato, o desempenho do Tricolor está longe de ser satisfatório, o que justifica a situação do clube nesse final de ano, o que antes era inimaginável para muitos.

Arias é uma das esperanças do Fluminense para o jogo importantíssimo contra o Cuiabá.

Levantamento do Espião Estatístico sobre o desempenho de cada equipe que briga, ou brigava até pouco tempo contra o rebaixamento em confrontos diretos mostra quanto o Fluminense pecou quando teve a oportunidade de arrancar pontos de clubes do pelotão de baixo do Brasileirão. Em 17 jogos contra Corinthians e Vitória, que se livraram mas já estiveram no Z4, Athletico-PR, Grêmio, Juventude, Criciúma, Bragantino, Cuiabá e Atlético-GO, o Tricolor venceu apenas três, empatou sete e perdeu sete. Ou seja, de 51 pontos possíveis contra adversários diretos, o Flu conquistou apenas 16.

Entre todas as equipes listadas anteriormente, o Fluminense tem o segundo pior aproveitamento em confrontos diretos no Brasileirão, com apenas 31,4%. Nem a chegada do treinador Mano Menezes, que fez com que o clube se recuperasse minimamente na competição, foi capaz de melhorar esse número. Porém, o Tricolor se agarra a uma esperança. O único time que consegue ter desempenho pior nesses duelos cruciais na briga contra o Z-4 é justamente o próximo adversário: o Cuiabá.

Os números por si só justificam o quão crucial é pontuar contra os adversários diretos. Enquanto o Fluminense perdeu dentro e fora de casa contra Atlético-GO e Vitória, por exemplo, a equipe baiana teve um returno impecável contra as equipes da parte de baixo (incríveis sete vitórias em oito jogos), assim como o Corinthians, dono do melhor aproveitamento, que inclusive escapou do rebaixamento e vai jogar a fase prévia da Libertadores em 2025.

Mas para os cariocas, se apegar a esperança é o trunfo que resta. Vale lembrar que no primeiro turno o Fluminense bateu o Cuiabá fora de casa por 1 a 0, com gol de Kauã Elias. Caso volte a derrotar o adversário, o Tricolor vai conseguir um feito inédito no campeonato: ter 100% de aproveitamento contra uma equipe que também brigou na parte de baixo da tabela. Em um jogo que vale a vida na elite do futebol brasileiro, essa é a oportunidade perfeita para o clube das Laranjeiras tentar fazer as pazes com a torcida e, principalmente, salvar um ano bem abaixo do esperado.

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Felipe destaca mudanças no Vasco e conselho a Coutinho após vitória no Brasileirão: “Se estiver feliz, vai ajudar bastante”

Felipe explica mudanças no Vasco e diz que aconselhou Coutinho: “Se estiver feliz, vai ajudar bastante”

Veja como foi a coletiva do treinador depois da vitória sobre o Atlético-MG, em São Januário

Matéria em atualização.

No segundo jogo do interino Felipe, o Vasco [https://de.globoesporte.globo.com/futebol/times/vasco/] venceu o Atlético-MG por 2
a 0 na noite desta quarta-feira, em São Januário, pela 37ª e penúltima rodada do
Brasileirão. Depois da partida, o treinador festejou o resultado em entrevista
coletiva e explicou as mudanças na equipe, tanto na formação quanto na
escalação.

Contra o Galo, o Vasco abriu mão do esquema com dois pontas e foi a campo com
apenas dois atacantes (Vegetti e Alex Teixeira).

– Cada jogo se transforma de uma maneira diferente. Acho que o primordial foi a
atitude dos atletas, independente de formação estratégica. Fez com que as coisas
acontecessem. Eles são os protagonistas da partida. São jogadores de
características diferentes. O Jair conseguiu controlar bem o jogo, a gente criou
uma superioridade numérica. O Atlético-MG é um time que gosta de ficar com a
bola, muito perigoso. Acredito que o Atlético-MG é muito mais perigoso com a
bola do que sem, então tentamos criar uma superioridade numérica dentro do
meio-campo, para o jogo associativo ter um pouco mais… – explicou ele.

– Perdemos um pouquinho de profundidade, porque o Alex (Teixeira) é um jogador
que flutua bem, ataca o espaço, mas não tanto quanto um extremo. Mas a
estratégia deu certo, e estão todos de parabéns pela atitude dentro de campo –
completou.

Felipe, Vasco x Atlético-MG — Foto: André Durão / ge

Felipe prosseguiu explicando a estratégia da equipe na partida:

– A gente tentou povoar o meio, ter uma superioridade numérica e uma companhia a
mais pro Vegetti. Isso facilitou. Quando você joga com um extremo, você ganha
velocidade pelo lado, mas acaba perdendo a superioridade numérica por dentro.
Graças a Deus, conseguimos equilibrar esse aspecto. Ganhamos um homem a mais no
meio-campo com o Jair, ajudando tanto na marcação quanto na saída de bola.
Coutinho e Alex se conectam muito bem, e fizeram companhia ao Vegetti. Isso
facilitou bastante, demos amplitude com os laterais, Piton e PH – disse o
técnico interino.

– Criamos superioridade numérica, e era nossa estratégia. O time do Atlético é
muito qualificado, de grandes jogadores. Se vocês deixarem eles nos empurrarem
para trás, com a qualidade dos jogadores, são muito mais perigosos. Tentamos
tirar um pouco a bola do adversário e controlar o jogo – concluiu.

Coutinho foi o grande nome da vitória do Vasco nesta quarta-feira, com um gol e
uma assistência para o gol de Vegetti. Felipe revelou que deu conselhos ao
craque e pediu para que ele se cobrasse menos.

– Coutinho é um cria. Com certeza, ele se cobra bastante, se dedica bastante.
Teve algumas lesões. É normal a oscilação, porque ele não fez pré-temporada. Ele
vai ajudar muito mais ano que vem, quando fizer pré-temporada. Ele é um jogador
que se cobra muito. A gente falou com ele, quando teve um desconforto: “Fica
tranquilo, você está se cobrando muito. A gente quer que você ajude, mas seu
ano, acredito eu, vai ser ano que vem, muito melhor, porque você vai conseguir
fazer pré-temporada”. Se ele estiver feliz, vai ajudar bastante – disse.

> “Ele tem uma ligação emocional com o clube muito grande. Ele precisa do
> carinho do torcedor. A partir do momento que ele se sente importante, ele é o
> Coutinho que todo mundo está acostumado a ver. Lógico que não é um Coutinho de
> 18, 19 anos, mas é um jogador que pode fazer a diferença”, completou.

O Vasco encerra sua participação no Brasileirão 2024 no próximo domingo, quando
enfrenta o Cuiabá às 16h (de Brasília), na Arena Pantanal.

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