Renato Gaúcho fez tantas mudanças no Fluminense durante a Copa do Mundo de Clubes? Checamos
Desgaste do elenco em meio a sequência grande de partidas é justificativa para a média de sete alterações na escalação por jogo
São Paulo 3 x 1 Fluminense | Melhores momentos | 17ª Rodada | Brasileirão 2025
A derrota do Fluminense para o São Paulo por 3 a 1, que ampliou a sequência negativa da equipe carioca para cinco partidas, foi marcada por mais uma grande quantidade de alterações de Renato Gaúcho na escalação titular se comparada ao jogo anterior.
Dessa vez, o treinador alterou um total de oito jogadores em relação à formação utilizada contra o Palmeiras, quatro dias antes no Maracanã. Esse vem sendo uma tendência do técnico dentro desse período de derrotas seguidas.
Desde que voltou da Copa do Mundo de Clubes, Renato sempre alterou pelo menos seis titulares de uma partida para a outra, tendo uma média de sete alterações em quatro partidas. A justificativa do treinador é o desgaste do calendário, com partidas a cada três dias, potencializado pelo Mundial.
Foram seis alterações do jogo contra o Cruzeiro para o clássico contra o Flamengo, mais sete para o duelo contra o Palmeiras e outras oito no confronto no Morumbis contra o São Paulo.
Renato Gaúcho observa o Fluminense na derrota para o São Paulo — Foto: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.
O Tricolor, por ter sido quem mais avançou na competição da Fifa, foi quem teve o menor período de descanso. O elenco retornou ao Brasil na sexta-feira e na outra quinta, menos de uma semana depois, já estava em campo para enfrentar o Cruzeiro.
– A gente tem que colocar na balança e ver o que é melhor. Colocar basicamente quase sempre os mesmos jogadores e estourar eles? Eu sempre falo que tenho um grupo e tenho que dar oportunidades para todos eles. É um risco que se tem em mudar. Mas lá no Mundial a gente estava fazendo a mesma coisa e estava todo mundo saindo elogiado – justificou o treinador.
Baseado na afirmação do técnico, o ge foi conferir as escalações durante a Copa de Clubes. Apenas nas últimas duas rodadas da fase de grupos, contra Ulsan e Mamelodi Sundowns, Renato modificou mais de três jogadores de uma partida para outra. Justamente as duas atuações mais criticadas do time na competição.
Foram cinco trocas da estreia contra o Borussia Dortmund para o jogo contra os sul-coreanos e depois outras seis para enfrentar o Mamelodi Sundowns. Renato trocou a formação do time para o começo do mata-mata, quando enfrentou a Inter de Milão, colocando três zagueiros, mas em termos de peças foram apenas dois jogadores diferentes.
Após eliminar os italianos, todas as trocas no time foram forçadas. O treinador manteve a formação com três zagueiros e três volantes, mexendo apenas para suprir as ausências de Renê, Martinelli e Freytes, suspensos ao longo das partidas seguintes.
A média de trocas mostra o tamanho da diferença. Durante as seis partidas do Mundial, Renato teve uma média de 3,4 alterações no time, contra 7 nos quatro jogos que aconteceram no Brasil desde então. Só Martinelli, Freytes e Fábio disputaram todas as partidas neste retorno.
Em termos de comparação, os outros três times que disputaram a Copa do Mundo de Clubes, e também passaram pelo mesmo desgaste de voltar dos Estados Unidos, Flamengo (3,24), Botafogo (2) e Palmeiras (3) têm média de trocas bem inferior.
A maratona do Fluminense segue na próxima quarta-feira, quando às 21h30 enfrenta o Internacional no Beira-Rio pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil. O técnico vai precisar encontrar soluções para quebrar a sequência ruim.