Veja cinco metas para o Fluminense durante a pausa para a Data Fifa
Clube terá primeiro período de trabalho mais extenso em quase três meses
O DE Fluminense analisa escolhas de Renato Gaúcho no empate com o Santos
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O DE Fluminense analisa escolhas de Renato Gaúcho no empate com o Santos
Após uma maratona de quase três meses com jogos e viagens constantes, o Fluminense enfim tem uma folga no calendário para cuidar da recuperação dos jogadores e treinar. A Data Fifa, que começou no último dia 1º de setembro e vai até o dia 9, é o período mais extenso sem viagens que a equipe tem desde a metade de junho.
O técnico Renato Gaúcho, um dos principais críticos do calendário do futebol brasileiro, ganhou o desejado tempo para trabalhar e terá algumas missões nesse período. O DE listou cinco principais metas que a comissão técnica busca nesse intervalo:
INTEGRAR OS NOVOS REFORÇOS
O Fluminense se movimentou na atual janela de transferências trazendo reforços pontuais para o elenco, sendo os dois principais o meia Lucho Acosta e o atacante Santi Moreno. Ambos já estrearam e atuaram como titulares, mas mal tiveram tempo para treinar com os companheiros.
Em meio à sequência de viagens e jogos, a maior parte das atividades era direcionada aos atletas que não atuaram na partida anterior. Agora, os dois terão cinco dias de treino durante a pausa para melhorar a química com o grupo e buscar maior espaço dentro da equipe.
ACERTAR A DEFESA
O ponto mais vulnerável do Tricolor na temporada vem sendo o sistema defensivo. Mesmo com o goleiro Fábio em grande fase, o time sofreu gols em 11 dos 14 jogos desde a Copa do Mundo de Clubes da Fifa.
Atualmente, o Fluminense é o 9º colocado do Brasileirão e tem, ao lado do Bragantino, a pior média defensiva entre os 10 primeiros da tabela: 1,4 gol sofrido por partida. Foram 28 em 20 jogos. Encontrar equilíbrio sem perder a ofensividade é crucial para os próximos meses.
CORRIGIR BOLAS AÉREAS
Se há um fundamento em que o Fluminense se mostra entre os piores times do país, é a bola aérea — tanto ofensiva quanto defensiva. A equipe faz poucos gols dessa forma, principalmente por falhas técnicas dos atacantes.
Os cruzamentos de Serna vêm sendo precisos, mas, quando a bola encontra um jogador tricolor na área, a finalização costuma não ter direção. Na defesa, por outro lado, esse é o ponto em que o time mais sofre.
Foi assim que quase perdeu para o Santos. Mesmo com quatro zagueiros em campo, Tiquinho Soares subiu sozinho para cabecear em uma bola parada. O impedimento anulou o gol que daria a derrota nos acréscimos.
DEFINIÇÃO NO ATAQUE
Renato tem alternado o centroavante titular a cada partida por conta do desgaste do calendário, entre Cano e Everaldo. Enquanto o argentino soma mais gols — 19 em 38 jogos no ano —, o brasileiro oferece mais intensidade e costuma ser a escolha nas copas, mas deixa a desejar na finalização.
John Kennedy é a terceira opção do treinador para o setor, mas ainda recebeu pouquíssimas oportunidades desde que retornou do México. Foi utilizado em apenas quatro partidas e não completou 90 minutos em campo.
Precisando vencer para avançar na Copa do Brasil, no primeiro jogo após a pausa, contra o Bahia no Maracanã, no dia 10 de setembro, a efetividade ofensiva pode ser decisiva.
FECHAR A TRINCA DE MEIO-CAMPO
A principal força do Fluminense está na dupla de volantes formada por Hércules e Martinelli. A evolução no setor passa por definir a peça — ou as peças — que irão completar o trio. Até aqui, Nonato é quem recebeu mais chances. O volante agrega na marcação e na pressão, mas não é um meia criativo de origem.
Quando precisa de mais ofensividade, Renato vem testando Lucho Acosta ou Ganso na função. O argentino ainda tem uma amostragem pequena para avaliação mais precisa, enquanto o camisa 10, apesar de boas atuações recentes, não parece ser a preferência do treinador.