Foco de Sigatoka Negra é identificado em propriedade de Jaíba, interior de MG
Segundo o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), a identificação foi feita em uma fiscalização de rotina e medidas sanitárias já estão sendo adotadas. Focos da doença não eram identificados em áreas de grande produção de bananas desde 2007 em Minas Gerais.
A Associação Central dos Fruticultores do Norte de Minas (Abanorte) divulgou que um foco de Sigatoka Negra foi encontrado em uma propriedade em Jaíba. A identificação foi feita em uma fiscalização de rotina realizada pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).
A nota publicada pela Abanorte nas redes oficiais destaca que “está em andamento um Plano de Ação para monitorar e controlar a doença que inclui a fiscalização, adesão dos produtores a um protocolo de mitigação de riscos e eliminação de bananais abandonados.”
As medidas a serem adotadas foram definidas pelo IMA e Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), com anuência do Ministério da Agricultura e Pecuária.
Ainda conforme a nota, focos de Sigatoka não eram identificados em áreas de grande produção de bananas desde 2007 em Minas Gerais. “O surgimento deste foco reforça a necessidade de medidas rigorosas de controle sanitário, mas não representa um risco imediato para a produção de banana no estado. Com a colaboração de todos os produtores e o cumprimento das normas fitossanitárias, será possível conter a doença de forma eficiente”, destacou a Abanorte.
SOBRE A DOENÇA
Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, a Sigatoka Negra é uma doença causada por fungo e atinge lavouras de banana. Entre os principais sintomas estão: pequenas descolorações ou pontuações despigmentadas, estrias de coloração marrom-clara, manchas ovais de cor marrom escura, manchas negras, entre outros.
Ainda de acordo com o Mapa, a Sigatoka Negra foi identificada pela primeira vez em 1963, nas ilhas Fiji, na Ásia. No Brasil, a doença foi detectada em 1998 nos municípios de Tabatinga e Benjamin Constant.
NÃO HÁ RISCO NO CONSUMO DA BANANA
Conforme o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), a Sigatoka Negra pode comprometer a produtividade na lavoura se não for controlada de forma adequada. “O maior dano provocado pela doença é a morte prematura das folhas, que causa redução da área foliar, induzindo perdas na produtividade e qualidade da fruta. Não existe risco para a população com relação ao consumo de banana”, informou o IMA em comunicado divulgado em seu site.
As plantas doentes acabam tendo a diminuição do número de pencas por cacho, redução dos cachos e amadurecimento precoce das bananas. “Todos os produtores de banana do município deverão aderir ao protocolo de mitigação de riscos disponível no site do IMA ou nos escritórios regionais. Aqueles que não fizerem isso, sofrerão restrições sanitárias, ficando impedidos de comercializar as frutas. Também haverá fiscalização de trânsito de cargas.”
MEDIDAS SANITÁRIAS QUE ESTÃO SENDO ADOTADAS
Diversas medidas estão sendo implementadas para controlar a propagação da Sigatoka Negra, incluindo o levantamento fitossanitário no raio de 1 km da propriedade afetada, monitoramento ampliado em uma área de até 10 km, notificação dos produtores da região, verificação e atualização dos cadastros das Unidades de Produção, reuniões com responsáveis técnicos e fiscalização intensificada no trânsito de cargas.
É fundamental que todos os envolvidos adiram às medidas estabelecidas para evitar o avanço da doença e proteger as plantações de banana na região.
Por fim, é essencial que a comunidade esteja ciente dos riscos e das ações preventivas necessárias para combater a Sigatoka Negra e garantir a segurança e a qualidade da produção de bananas na região de Jaíba, MG. O engajamento de todos os produtores e órgãos competentes será crucial para o sucesso das medidas sanitárias adotadas.