Apesar do otimismo dos produtores com mais uma boa colheita na safra 2017/18, a ferrugem asiática, uma das doenças mais temidas nos campos de soja, voltou a ser um problema em Goiás, quarto maior Estado produtor do grão do país – o ranking é liderado por Mato Grosso.
De acordo com informações fornecidas pelo Consórcio Antiferrugem, iniciativa da Embrapa Soja, de Londrina (PR), já foram registrados 16 focos de ferrugem em Goiás neste ciclo. As ocorrências estão localizadas no sudeste do Estado, uma das regiões que puxam a produção goiana de soja.
É possível que mais casos sejam reportados nos próximos dias e que muitos sejam acobertados pelos próprios produtores, muitos dos quais têm receio de divulgar que enfrentam o problema em suas próprias lavouras.
De acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), os casos da doença podem ter aumentado em virtude do período chuvoso entre o fim de janeiro e o início de fevereiro. Especialmente neste ano, as chuvas prolongadas favoreceram ainda mais o ambiente de umidade propício para a ferrugem.
Para evitar que a ferrugem se aproxime de suas plantas, produtores têm aumentado as aplicações de fungicidas em suas plantações. “Estou fazendo quatro aplicações nesta safra por conta do risco maior com o plantio tardio. Meu custo já aumentou R$ 130 por hectare”, diz Marco Aurélio Vilela, que cultiva soja e milho em 500 hectares em Jataí. (Faeg/ Senar)