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“Foi uma guerreira na defesa de Goiás”, declara Caiado na missa de sétimo dia de Dona Iris

Foi com mensagens de saudade e enaltecimento do legado político de Iris de Araújo Rezende Machado que familiares, amigos, lideranças políticas e demais presentes participaram, nesta segunda-feira, 27, na igreja Matriz de Campinas, da missa de sétimo dia da ex-senadora, deputada federal e primeira-dama de Goiás. O momento de oração foi celebrado pelo padre Abdon Guimarães.

Com as memórias de Dona Íris no longo convívio na política goiana e no Congresso Nacional, o governador Ronaldo Caiado destacou a trajetória que marcou a história de Goiás. “É um currículo extenso, uma mulher que tem várias ações no Estado. Nada mais merecido do que prestar homenagem à Dona Iris, que deixou sua história cravada em vários momentos. Hoje é mais um dia de despedida daquela que o povo goiano já sente muita saudade”, declarou.

Dona Iris faleceu na última terça-feira, 21, aos 79 anos, em Goiânia, após complicações de um procedimento cirúrgico realizado no pulmão. Caiado a classificou como uma mulher inspiradora e à frente de seu tempo. “Foi uma guerreira na defesa do Estado de Goiás, sempre teve uma atitude independente”, sublinhou o governador.

A trajetória de Dona Iris foi marcada pela ajuda aos mais vulneráveis e vivida ao lado do ex-governador Iris Rezende Machado, com quem foi casada por 57 anos. Ele morreu há um ano e três meses. O casal deixou três filhos, Cristiano, Ana Paula e Adriana, e dois netos. “Muito difícil assimilar duas perdas tão próximas. Primeiro meu pai, agora minha mãe. A dor é dobrada, mas a gratidão por Deus também, pelo privilégio de ter participado de uma história tão bonita”, descreveu Ana Paula Rezende em referência aos pais.

Para além da vida pública, com histórias inspiradoras, a filha Adriana falou um pouco sobre Dona Iris enquanto mãe, com quem tinha “laços profundos”. “Era uma mulher firme e forte, mas não deixava de ser terna e amorosa. Conseguia ser simples e sofisticada ao mesmo tempo. Altiva, sem ser soberba. Ela foi meu primeiro e maior amor”, definiu, às lágrimas. “Era vibrante e entusiasmada com tudo. Depois da partida do meu pai, parece que perdeu aquele brilho. Ela falava que estava pronta para encontrá-lo”, lembrou Adriana.

Durante a homilia, o padre Abdon levou mensagem de consolo e esperança aos familiares, que perderam o “casal Iris” em um intervalo de tempo tão curto. E referiu-se à Dona Iris como “a mulher do povo”, que deixou uma marca de serviço. “Fizeram um grande trabalho e a gente não pode desassociar essas duas figuras. E tanto é que falam que Dona Iris é aquela que ajudou e conviveu com o povo. Então, é uma mulher que sempre foi dada aos trabalhos, junto com seu esposo”, lembrou o padre, que é reitor do santuário Basílica Mãe do Perpétuo Socorro.