A Folha de São Paulo publicou um editorial contundente em sua primeira página, expondo supostas pressões do ministro Alexandre de Moraes, do STF, sobre o presidente do Banco Central em benefício do Banco Master. A matéria, baseada em fontes anônimas, levantou questionamentos sobre a conduta do ministro, que negou as acusações. O jornalista Merval Pereira já levantou a possibilidade de impeachment. Segundo a Folha, a Lava Jato acabou incentivando a impunidade nos três Poderes, e uma mensagem direta foi enviada ao governo Lula para não proteger corruptos ligados a petistas.

Recentes escândalos envolvendo autoridades como Moraes, Toffoli e deputados revelam um cenário de corrupção disseminada. A conduta da esposa de Moraes com um banco suspeito gerou polêmica, assim como viagens e decisões controversas de Toffoli. Com a anistia concedida, a Lava Jato deixou de cobrar multas milionárias. A apreensão de dinheiro vivo de parlamentares e a corrupção no INSS são exemplos da amplitude do problema.

A impunidade gerada pelo pacto entre poderosos favoreceu a corrupção em todos os níveis do governo, unindo diferentes alas políticas. O procurador-geral da República e o Congresso Nacional são instâncias importantes para investigar e punir quem comete ilícitos, sem blindagem ou corporativismo. A quebra desse ciclo de impunidade é essencial para a imagem do Estado e para o combate à corrupção no país.

A sociedade brasileira anseia por transparência e justiça, rejeitando a proteção mútua entre autoridades envolvidas em esquemas ilícitos. O momento exige investigações rigorosas e punições exemplares, para restaurar a confiança na democracia e no Estado de Direito.