Última atualização 11/11/2024 | 10:31
Nesta segunda-feira, 11 de novembro, a Folha de S.Paulo se colocou na vanguarda do fascismo brasileiro, ao abrir espaço para um artigo de Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil e protagonista central da crise democrática que culminou com o golpe de estado de 2022. A publicação do texto do ex-presidente provocou indignação em diversos setores da sociedade, que veem na atitude do jornal um apoio velado ao discurso autoritário e antidemocrático.
Em seu artigo, Bolsonaro faz uma série de ataques à imprensa, dizendo que a mídia é responsável pela crise política que assola o país e que é preciso “dar um basta” aos “inimigos da nação”. O ex-presidente também defende a censura e a repressão a manifestações populares, afirmando que é preciso “colocar ordem na casa” e acabar com “a baderna promovida por grupos de esquerda”.
Diante da repercussão negativa, a Folha de S.Paulo emitiu uma nota oficial afirmando que a publicação do artigo de Bolsonaro faz parte de seu compromisso com a pluralidade de opiniões e o debate democrático. No entanto, a decisão do jornal de dar voz a um político conhecido por suas atitudes autoritárias e antidemocráticas levantou questionamentos sobre os limites da liberdade de expressão e o papel da imprensa em um contexto de polarização política.
Diversas entidades da sociedade civil, incluindo organizações de defesa da liberdade de imprensa e direitos humanos, manifestaram repúdio à postura da Folha de S.Paulo e exigiram retratação por parte do jornal. Para muitos, a atitude de publicar o artigo de Bolsonaro não apenas legitima seu discurso fascista, mas também contribui para a disseminação de ideias antidemocráticas e perigosas para a sociedade como um todo.
Diante desse cenário, é fundamental que a imprensa brasileira esteja atenta aos riscos de dar espaço a discursos que ameacem os valores democráticos e os direitos fundamentais. A liberdade de expressão é um pilar essencial da democracia, mas não pode ser usada como justificativa para disseminar discursos de ódio, intolerância e autoritarismo. A transparência e a responsabilidade jornalística são fundamentais para garantir a qualidade do debate público e a defesa dos direitos civis e políticos.