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Força-tarefa cumpre 91 mandados judiciais em operação contra roubo de cargas

Última atualização 10/08/2017 | 15:58

Uma força tarefa integrada pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Militar cumpre na manhã desta quinta-feira, 10, 91 mandados judiciais contra um grupo de empresários e políticos nos estados de Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e no Distrito Federal. A ação ocorre no âmbito da Operação Hicsos II.

De acordo com as investigações, os alvos da operação davam suporte financeiro a roubos de cargas em diversas cidades do Brasil. Segundo a PF, 450 policiais cumprem as ordens judiciais. Entre os 91 mandados, 40 são de prisão.

As ações de investigação desenvolvidas na Operação Hicsos I permitiram aos investigadores identificar os financiadores do crime de receptação. As informações coletadas levaram àA empresários do ramo do comércio e políticos.

Uma vereadora suplente também teve mandado de prisão expedido. Ela é acusada de lavar dinheiro para integrantes da organização criminosa. A PF afirmou que a suplente tem envolvimento com um grupo de roubo a cargas por intermédio de seu marido, preso na primeira fase da Operação.

O esquema criminoso teria movimentado, até o momento, em torno de R$30 milhões. Durante as investigações, os policiais já haviam prendido 30 pessoas, retirado de circulação 15 armas de fogo, apreendido 15 veículos roubados e recuperado mais de R$500 mil em cargas roubadas.

Conforme informou a PF, um dos integrantes do grupo está foragido. Os policiais suspeitam que ele esteja na Inglaterra e vão solicitar apoio às autoridades daquele País e à Interpol para realizar a prisão.

Os envolvidos responderão pelos crimes de roubo qualificado, cárcere privado, lavagem de dinheiro, organização criminosa, tráfico de drogas e receptação.

Hicsos I

Na primeira fase da Operação Hicsos, 104 pessoas acusadas de envolvimento com roubos de carga foram presa. De acordo com a PRF, os suspeitos abordavam veículos em rodovias de todo o País, utilizando-se de falsas barreiras.

O grupo avaliava a carga de cada caminhão parado e, quando se deparava com uma de alto valor, anunciava o assalto. Além disso, para facilitar a ação, os criminosos utilizavam equipamentos de alta tecnologia com o intuito de evitar o rastreamento do veículo.