Força-tarefa investiga servidores goianos envolvidos em atos golpistas

AForça-tarefa investiga servidores goianos envolvido em atos golpistas

A identificação de seis servidores públicos goianos nos atos democráticos fez o governo de Goiás começar uma força-tarefa de investigação. As denúncias serão acompanhadas pela Controladoria-Geral do Estado (CGE) por determinação do governador Ronaldo Caiado. Em alguns casos, os próprios envolvidos publicaram fotos e vídeos na internet antes e durante à invasão dos prédios sede dos Três Poderes em atos antidemocráicos na Esplanada dos Ministérios no último domingo, 08.

 

O mais recente golpista identificado apareceu em uma matéria inédita do Diário do Estado. Elias Bento era assessor do gabinete do deputado estadual coronel Adailton. Ele foi exonerado nesta quarta-feira, 11. Ao longo desta semana, a servidora da Secretaria Estadual de Educação na cidade de Goiás, Márcia Angelina de Jesus, também teve o contrato encerrado.

 

Integrantes das polícias  goiana foram alvo de medidas administrativas por suspeita de envolvimento nos atos antidemocráticos. O sargento Silvério Santos e também um servidor de carreira e dois estagiários da Civil foram afastados. O caso de cada um está sendo apurado internamente.

 

Nesta quarta-feira, 11, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que bloqueios no trânsito estão momentaneamente proibidos em todo o Brasil. A medida foi d tomada após a convocação de mais atos golpistas. Estavam previstas mais atentados de bolsonaristas em diversas capitais brasileiras nesta quarta-feira,11. Em Goiás, as rodovias que dão acesso ao Distrito Federal estão sendo monitoradas com apoio da Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF). 

 

De acordo com o governador Ronaldo Caiado, informações apontavam para bloqueio em Itumbiara, entre as cidades de Anápolis e Brasília e em um terceiro ponto. Não houve impedimento do trânsito, mas os locais continuam sendo acompanhados. Todos os acampamentos bolsonaristas no estado foram desmontados. Um ato intitulado “Mega manifestação nacional pela retomada do poder” estava sendo convocado pela internet.

 

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp