Forças Armadas vão às ruas prevenir violência político-partidária neste domingo, 2

Forças Armadas vão as ruas para prevenir violência político-partidária neste domingo, 2

As Forças Armadas vão atuar ativamente para atender demandas de segurança e de logística feitas pela Justiça Eleitoral. Ao todo, 585 locais, inclusive, comunidades isoladas, aldeias e distritos vão receber apoio. De acordo com o Ministério da Defesa, mais de 34 mil militares foram escalados para atuar neste domingo, 2, nas eleições gerais. Além disso, a ação contará com 430 embarcações de pequeno porte, 18 navios, três mil viaturas, 62 blindados e 47 aeronaves (entre aviões e helicópteros).

Ainda segundo a pasta, foram ativados Comandos em Manaus, Belém, Campo Grande, Brasília, Rio de Janeiro e Recife. Em Goiás, ainda não foi confirmado o apoio dos militares. O Ministério afirma que o objetivo do trabalho é garantir ao cidadão o direito ao voto, por meio da distribuição de urnas eletrônicas e da segurança do processo de votação e apuração.

Além disso, a Marinha, Exército e Força Aérea vão integrar a comissão de transparência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que vai testar a integridade das urnas eletrônicas e conferir boletins no fim das votações. Essa é a primeira vez que a missão é atribuída a militares.

Ainda que, sem contar com apoio das Forças Armadas, mais de seis mil policiais irão atuar na segurança no domingo, 2, dia das eleições. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), serão seis mil policiais militares, 600 policiais civis.

O Corpo de Bombeiros também estará à disposição da população e participa da operação com um efetivo de 448 militares e 210 viaturas. Vale ressaltar, que todos anos as forças públicas reforçam a segurança, no entanto, nada comparado ao das eleições de outubro de 2022.

Para selar a operação conjunta, o Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) se juntou a forças policiais e outros órgãos para assinar um protocolo de segurança na tarde desta quinta-feira, 29. A força-tarefa tem por objetivo prevenir e reprimir ocorrências de violência político-partidária que possam colocar em risco a normalidade do processo eleitoral.

Estiveram presentes na reunião, agentes da SSP-GO, TRE-GO, superintendências das polícias Federal (PF) e Rodoviária Federal (PRF), Ministério Público de Goiás (MP-GO) e Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO).

A apuração de crimes eleitorais em flagrante, em algumas cidades do estado como Goiânia, Anápolis e Jataí, fica a cargo da Polícia Federal (PF), conforme estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nos outros municípios, as ações ficam a cargo da Polícia Civil.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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