Forças policiais montam esquema para garantir segurança em Goiás durante a eleição

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Forças policiais montam esquema para garantir segurança em Goiás durante a eleição

Pela primeira vez, desde 1989, primeira eleição do pós-ditadura, um forte esquema de segurança foi montado para garantir a ordem pública e a integridade dos eleitores goianos. As ações, que ocorrem durante todo o final de semana, são coordenadas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. A medida ocorre por solicitação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Por meio de nota, enviada ao Diário do Estado (DE), a Polícia Militar (PM) informou que “vai reforçar o policiamento em todas as cidades para que o pleito transcorra com ordem e tranquilidade nos 246 municípios goianos”. No domingo, 2, dia das eleições, serão 4.868 policiais militares e 759 viaturas espalhados por todos os colégios eleitorais do estado. Já a Polícia Civil (PC) vai atuar com 232 viaturas e 590 servidores, entre delegados, agentes e escrivães.

De acordo com a Polícia Militar, “a corporação está preparada para garantir a tranquilidade das eleições e manter a ordem pública em todo estado de Goiás”. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP) as equipes vão proporcionar  proteção aos cidadãos, eleitores, mesários e servidores do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO).

A apuração de crimes eleitorais em flagrante, em algumas cidades do estado como Goiânia, Anápolis e Jataí, fica a cargo da Polícia Federal (PF), conforme estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nos outros municípios, as ações ficam a cargo da Polícia Civil.

O Corpo de Bombeiros também estará à disposição da população e participa da operação com um efetivo de 448 militares e 210 viaturas. Vale ressaltar, que todos anos as forças públicas reforçam a segurança, no entanto, nada comparado ao das eleições de outubro de 2022.

Violência política

Nesta terça-feira, 27, a Organização das Nações Unidas (ONU) fez alerta sobre os ataques contra o processo eleitoral brasileiro e afirmou estar “muito preocupada” com a violência política às vésperas da eleição deste domingo, 2.

A disputa para a presidência da República este ano está em profunda polarização, que pode ser comprovada por meio das pesquisas de intenção de voto. O meio termo é minoria, enquanto a guerra entre ‘esquerda e direita’ toma conta do país.

A violência, que resulta dessa polarização, já é a causa de muitas tragédias noticiadas nos últimos quatro meses. Neste período, ao menos três pessoas morreram. Além disso, outros 10 ataques viraram caso de polícia. Um deles, inclusive, ocorreu na capital goiana. À época, um homem foi baleado por um Polícia Militar (PM), durante discussão sobre os presidenciáveis Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, e Jair Bolsonaro, do PL.

Por sorte, a confusão não resultou em morte, no entanto, Davi Augusto de Souza, de 40 anos, ficou internado por 15 dias no Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), onde passou por cirurgias. Atualmente, ele passa bem, mas deixou a capital para viver no interior do estado, segundo familiares.

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PF investiga general ligado ao governo Bolsonaro por imprimir plano para matar Moraes, Lula e Alckmin no Planalto

A Polícia Federal (PF) revelou que o general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência e ex-ministro interino do governo Bolsonaro, teria impresso no Palácio do Planalto um “plano operacional” para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Denominado “Punhal Verde e Amarelo”, o plano de três páginas foi encontrado no gabinete da Secretaria-Geral. Fernandes foi preso na manhã desta terça-feira (19).

De acordo com a PF, o documento, salvo sob o título “Plj.docx” (referência à palavra “planejamento”), detalhava a execução do plano. Além disso, outros arquivos sensíveis, como “Fox_2017”, “Ranger_2014” e “BMW_2019”, foram localizados na pasta “ZZZZ_Em Andamento”, que a polícia interpretou como um indício de que as ações estavam em fase ativa. Curiosamente, os nomes dos arquivos remetiam a veículos pessoais do general, segundo o relatório policial.

A defesa de Mário Fernandes ainda não se pronunciou sobre o caso.

Operação e alvos

A operação desta terça-feira prendeu quatro militares e um policial federal, todos investigados por ligação com um suposto grupo denominado “Kids Pretos”, formado por integrantes das Forças Especiais. O grupo é acusado de planejar o assassinato de lideranças políticas após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Ao todo, a operação cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e determinou 15 medidas cautelares, incluindo a entrega de passaportes e a suspensão de funções públicas dos envolvidos. Entre os alvos estão Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, além do policial federal Wladimir Matos Soares.

A investigação faz parte de um inquérito mais amplo que apura possíveis tentativas de golpe de Estado relacionadas à eleição de 2022.

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