Fórmula 1 suspende Grande Prêmio da Rússia, em Sochi

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A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) decidiu suspender o Grande Prêmio da Rússia, em Sochi, pela Fórmula 1 de 2022. A prova estava marcada para acontecer no dia 25 de setembro, mas agora sua realização está em xeque por conta dos conflitos russos com a Ucrânia.

No momento, a organização do torneio não chegou a cancelar a etapa, mas isso pode ocorrer a depender dos próximos desdobramentos da guerra.

Suspensão, polêmica e possível brasileiro na Fórmula 1

Desde o início da invasão da Rússia na Ucrânia, houve repercussão no mundo da Fórmula 1. O tetracampeão Sebastian Vettel anunciou que não participaria de um possível GP no país governado por Vladimir Putin. O atual campeão Max Verstappen também se manifestou contra uma prova em Sochi. Por outro lado, o piloto russo Nikita Mazepin não demonstrou preocupações, dizendo sempre ter sido do “fã do esporte sem política”, garantindo que a corrida em sua nação aconteceria sem problemas.

Então, a FIA decidiu tomar uma decisão sobre o assunto.

“O Campeonato Mundial de Fórmula 1 da FIA visita o países ao redor de todo o mundo, com a visão positiva de unir pessoas e juntar nações. Nós estamos assistindo aos desenvolvimentos na Ucrânia com tristeza e choque e esperança por uma mudança  e resolução pacífica à situação presente. Na quinta-feira à noite, a Fórmula 1, FIA, e os times discutiram a posição no nosso esporte e a conclusão é, incluindo toda a visão das partes interessadas, que é impossível manter o Grand Prix da Rússia nas circunstâncias atuais”, comunicou a entidade.

Caso o conflito se amenize até setembro, é possível que a prova volte a acontecer no lugar original. Se isso não ocorrer, haverá uma alteração no local.

Além de todas essas consequências, a equipe norte-americana da Haas removeu a Uralkali, patrocinadora oficial, de seus carros, tirando também qualquer menção à bandeira russa. Vale ressaltar que Mazepin, o qual faz parte da Haas, é filho de um dos fundadores da Uralkali. Se esse rompimento entre as partes evoluir, pode ser que Mazepin deixe a montadora. Nesse cenário, a primeira opção de reposição é o brasileiro Pietro Fittipaldi.

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Ano agitado no Flamengo: Filipe Luís assume, Gabigol sai e nova diretoria toma posse

Retrospectiva 2024: título com Filipe Luís, fim da era Gabigol e troca de diretoria marcam ano do Flamengo

Tite conquista o Carioca para espantar sombras de 2023, mas vive oscilação e não escapa da demissão em uma temporada em que o clube sofreu com lesões e clima quente nos bastidores políticos.

Depois de um 2023 amargo e sem títulos, o Flamengo precisava se reerguer neste ano. E foi uma temporada intensa. 2024 reservou dois títulos ao clube, mas também confusão dentro e fora de campo e algumas despedidas.

O clube apostou em Tite, voltou a levantar troféus e ergueu o Carioca de forma invicta. No entanto, com o técnico, o ano também se desenhou conturbado com inúmeras lesões, eliminação precoce na Libertadores, futebol raramente vistoso, além da relação agitada com Gabigol. Tudo isso resultou na demissão do treinador no fim de setembro.

A reta final da temporada trouxe um certo alento com a chegada de Filipe Luís, que conquistou a Copa do Brasil para salvar o ano com um título de expressão. A taça, no entanto, não foi suficiente para manter a gestão de Rodolfo Landim no poder. Após seis anos, o Flamengo terá uma nova diretoria: Luiz Eduardo Baptista, o Bap, foi eleito para o próximo triênio.

CAMPANHA QUASE PERFEITA NO CARIOCA

O 38º título estadual do Rubro-Negro foi conquistado com números expressivos. Com Tite, o Flamengo fez valer o equilíbrio – palavra-chave do treinador – e se negou a sofrer na competição. O clube foi campeão invicto e com a melhor defesa da história do Carioca: 11 vitórias, quatro empates e apenas um gol sofrido. O gol foi sofrido pelo time alternativo, diga-se.

IRREGULARIDADE NA LIBERTADORES

A campanha em busca da Glória Eterna foi irregular. Em nenhum momento o Flamengo encantou e acabou eliminado antes das semifinais pelo segundo ano seguido. Em um grupo com adversários mais fracos, o Flamengo de Tite oscilou muito e se classificou às oitavas somente na última rodada com uma vitória sobre o Millionarios, no Maracanã. No mata-mata, o Flamengo venceu o Bolívar por 2 a 0 como mandante e sofreu para se classificar na altitude de La Paz, na derrota por 1 a 0. Nessa altura, Tite já era alvo de críticas, mas foi mantido até as quartas de final, quando o Flamengo foi eliminado pelo Peñarol. O Rubro-Negro perdeu por um gol no Maracanã e não conseguiu reverter no Uruguai.

LESÕES ATRAPALHAM TITE – E O ANO DO FLAMENGO

A grande sequência de jogos para alguns jogadores, no entanto, cobrou um preço alto. No segundo semestre problemas clínicos começaram a assombrar. Algumas graves lesões tiraram jogadores importantes da temporada. Casos de Everton Cebolinha (ruptura do tendão de Aquiles) e Pedro (ruptura do ligamento cruzado anterior), por exemplo. Além de Viña, que rompeu o cruzado e teve uma fratura da tíbia. Mas outros atletas também marcaram presença no DM: Arrascaeta, De la Cruz e Michael com lesões musculares. Além de Luiz Araújo, com uma fratura na cartilagem, que o tirou da reta decisiva da temporada. No início do ano, Gerson foi desfalque por cerca de dois meses por um diagnóstico de uma hidronefrose com infecção renal, que fez o jogador passar por uma cirurgia no rim.

QUASE R$ 300 MILHÕES EM INVESTIMENTO

O Flamengo agitou o Natal passado com a contratação de De la Cruz como o primeiro reforço do ano. Os R$ 78,2 milhões pagos à vista foram simbólicos e uma ideia do que o Rubro-Negro poderia fazer na janela. Logo depois, Viña e Léo Ortiz chegaram para completar o elenco na primeira janela. Depois do Carioca, Carlinhos foi contratado após se destacar pelo Nova Iguaçu. A segunda janela, no meio do ano, deu o que falar. O clube precisou agir às pressas para suprir as carências do elenco devido às lesões. No apagar das luzes, o Flamengo contratou Michael, Alex Sandro, Alcaraz e Plata. Os dois primeiros vieram livres, enquanto o argentino se tornou a contratação mais cara da história do clube (R$ 110,6 milhões).

O SONHO DO ESTÁDIO

O Flamengo deu o primeiro passo para a construção de seu estádio próprio. Depois de meses em negociação com a Prefeitura do Rio e com a Caixa, o Rubro-Negro arrematou o terreno do Gasômetro em um leilão após a desapropriação ter sido anunciada pelo prefeito Eduardo Paes. No dia 31 de julho, o clube comprou o terreno por R$ 138,1 milhões que era o lance mínimo do leilão. No mês seguinte, precisou pagar mais R$ 7,8 milhões pelo terreno após perícia. O valor total foi de pouco mais de R$ 145 milhões.

CHEGADA DE FILIPE LUÍS SALVA O ANO

Na mesma nota em que anunciou a demissão de Tite, o Flamengo apresentou Filipe Luís como novo técnico. O ídolo estava no sub-20 e recebeu a sua primeira oportunidade no profissional. Quis o destino que ele assumisse na semifinal da Copa do Brasil, título que veio a conquistar pouco tempo depois. O Flamengo já havia passado por Amazonas, Palmeiras e Bahia na competição. Em sua estreia, venceu o Corinthians por 1 a 0 no Maracanã e se classificou na volta no empate sem gols e com um jogador a menos (Bruno Henrique foi expulso no primeiro tempo) na NeoQuímica. Foram apenas quatro jogos para coroar o primeiro título de Filipe Luís como treinador profissional. A final foi emblemática com uma vitória simbólica no jogo de ida por 3 a 1, e o título sendo erguido na Arena MRV após um 1 a 0, com gol de Plata. Além disso, o time voltou a jogar um bom futebol sob o comando do ex-lateral.

O (AGITADO) ADEUS DE GABIGOL

O último ano de contrato de um dos maiores ídolos da história do clube foi bastante conturbado. Gabigol começa a temporada com a denúncia da tentativa de fraude do exame antidoping, que o causou uma punição de dois anos de suspensão. O atacante, até hoje, atua sob efeito suspensivo conseguido junto ao CAS e ainda aguarda julgamento. Esta, no entanto, não foi a única polêmica. O interesse do Corinthians foi um dos destaques e ganhou ainda mais atenção após Gabigol ter tido uma foto vazada com a camisa do rival paulista quando estava em casa com seus amigos. O episódio fez o atacante ser punido com a perda da camisa 10, além de uma multa. Enquanto a negociação com o Flamengo estava parada após o clube voltar atrás nos valores acordados inicialmente, o jogador ficou livre no mercado e recebeu do Palmeiras um pré-contrato para assinar. Gabigol não assinou o documento, mesmo vivendo uma temporada como reserva e um status de preterido por Tite. Foram poucos jogos e minutos com o treinador. O cenário melhorou com a chegada de Filipe Luís, e o atacante, aos poucos, recuperou o seu espaço. Gabigol fez, inclusive, dois gols na vitória por 3 a 1 sobre o Atlético-MG, no primeiro jogo da decisão da Copa do Brasil.

NOVA GESTÃO E OS NOVOS ARES

O ano foi marcado por eleições. Foram meses de campanha dos dois principais candidatos: Rodrigo Dunshee (candidato da situação) e Luiz Eduardo Baptista (principal candidato de oposição). Bap venceu o pleito com ampla maioria: 1.731 votos contra 1.166 votos. O terceiro lugar foi de Mauricio Gomes de Mattos, com 363 votos. A vitória de Bap marca da gestão de Rodolfo Landim no clube. O atual presidente estava na campanha de Dunshee e seria o CEO do clube em caso de vitória. O mandatário eleito tomou posse na última semana e teve o seu primeiro ato: anunciou José Boto como diretor de futebol e a permanência de Filipe Luís como treinador. Bap terá a caneta a partir de 1º de janeiro, mas sua gestão já começa a fazer as mudanças e o planejamento para 2025. No elenco já houve a primeira mudança: a gestão optou pela não renovação do contrato de David Luiz.

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