Forró Eletrônico: A Força dos Hits das Antigas Comparados a Gonzagão

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O DE montou uma playlist com hits do forró eletrônico, surgido na década de 1990. Especialistas apontam semelhanças e diferenças com o repertório de Gonzagão.

Você pode até não perceber ou lembrar, mas provavelmente alguma música do forró das antigas, também chamado de forró eletrônico, faz parte da sua vida. Quem nasceu em algum dos nove estados do Nordeste tem contato “obrigatório” com essas canções, que extrapolam o período das festas juninas e são ouvidas, cantadas e dançadas o ano inteiro.

No entanto, a região ficou pequena para abrigar todo o sucesso de bandas como Calcinha Preta, Limão com Mel, Magníficos e Mastruz com Leite, que têm seus refrões e suas melodias marcantes conhecidos no Brasil inteiro.

Mas o que leva uma música a ser enquadrada nessa categoria de forró das antigas? Segundo especialistas ouvidos pelo DE, a primeira característica se refere a uma mudança estética em relação ao forró tradicional, representando, principalmente, por Luiz Gonzaga, o eterno Rei do Baião, e por Dominguinhos.

Outro aspecto que caracteriza o forró das antigas é o repertório dividido em dois grandes grupos temáticos. “As músicas do forró eletrônico têm um repertório composto por músicas que falam de amor e de desilusão e que têm uma ingenuidade romântica. A outra dimensão é a vaquejada e outras experiências do repertório nordestino”, afirma Menezes, que é professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Ao surgir na década de 1990, o forró eletrônico chegou a ser chamado de “forró de plástico”, uma expressão pejorativa que era utilizada para fazer uma oposição àquilo que era tido como clássico e tradicional, que era o forró de Gonzagão.

Apesar das diferenças entre o forró das antigas e o forró de Luiz Gonzaga e Dominguinhos, há várias semelhanças entre esses dois ritmos ou estilos de um mesmo gênero musical, que é marcado por uma expressiva e notável diversidade.

Alguns sucessos de bandas do forró das antigas se transformaram em clássicos do gênero. Em cada estado do Nordeste, eles tocam diariamente nas rádios, nos programas locais de TV e nos shows que acontecem ao longo dos 12 meses do ano, e não apenas em junho. Isso demonstra a atemporalidade das músicas, a maioria delas lançadas na década de 1990 e nos primeiros anos do século 21.

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