Fortaleza eliminado da Copa do Brasil 2025: decepção e preocupação no Leão do Pici

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Eliminação e preocupação. Fortaleza não engrena em 2025

Assim como contra Bucaramanga e Vasco, Laion mais uma vez não conseguiu ser a equipe impositiva de outros momentos e está fora da Copa do Brasil

O Leão do Pici está eliminado da Copa do Brasil 2025. Recentemente o time teve boas atuações em sequência – São Paulo, Colo-Colo e Juventude – e parecia ter iniciado uma reação na temporada. Mas as últimas três partidas certamente deixaram a torcida tricolor muito chateada novamente. O revés para o Retrô nas penalidades, em pleno Castelão, completou a trinca de desempenho preocupante.

Pouca combatividade ao defender no próprio campo, alternância de ritmo e de concentração. Desorganização coletiva para produzir jogadas de ataque com regularidade. Em diversos momentos do ano esses quesitos já apareceram no Fortaleza, e todos eles protagonizaram uma noite de decepção. Apesar de bons momentos na 2ª etapa, a atuação da equipe não é digna de elogios.

Fabian Volpi foi o herói do emergente Retrô, que disputa a Série C e pela primeira vez se coloca entre as 16 principais equipes da Copa do Brasil. O time pernambucano foi superior ao Fortaleza no primeiro jogo, e na noite desta quarta-feira não abriu mão de tentar jogar, mesmo como visitante.

Escalações

Juan Pablo Vojvoda não teve Kuscevic e Matheus Rossetto. David Luiz voltou a ter chance na zaga e Pol Fernandez fez dupla de volantes com Pochettino. Emmanuel Martinez partiu do lado esquerdo do meio-campo. Tinga foi o lateral-direito e Eros Mancuso começou no banco. Marinho e Deyverson iniciaram a partida. Pikachu e Lucero esperaram.

Já o interino Wires Souza repetiu grande parte da equipe do Retrô que bateu o Itabaiana. A exceção foi a entrada do centroavante Mascote no lugar de Bruno Marques, que iniciou entre os reservas.

O jogo

O Fortaleza passou longe de conseguir a imposição imaginada na 1ª etapa. Até teve um pouco mais a bola em relação ao Retrô, mas cedeu chances e demorou a encontrar fluência ofensiva. O time pernambucano não foi para a capital cearense ”especular” contra o Laion. Teve personalidade para buscar a posse e se instalar no ataque, além de mostrar agressividade.

A base do jogo da Fênix foi a aproximação entre o trio de meio-campistas. Gledson, Iba Ly e Radsley trocaram passes e foram progredindo sem tanta oposição na direção da área tricolor. Faltava intensidade na marcação dos donos da casa. Pochettino e Pol Fernandez não estiveram tão bem coordenados no setor, e receberam pouca ajuda de Breno Lopes ou Deyverson.

Depois de se estabelecer no campo contrário, o Retrô tentou algumas dobras entre laterais e pontas para buscar um passe para a área, ou bolas para Mascote nas costas da zaga, principalmente no setor de David Luiz. João Ricardo precisou fazer três boas intervenções para impedir o gol.

Ofensivamente o Fortaleza era lento para circular a bola e errava bastante ao se aproximar da área. Se precipitava. Breno Lopes variava entre o centro e o lado esquerdo. Martinez flutuava para se aproximar de Pol Fernandez e Pochettino. O meia argentino fez algumas trocas com Marinho. Abria na direita e o camisa 11 se projetava na área. A coordenação nesses movimentos, porém, não foi a ideal.

Sem gerar boas linhas de passe perto da área, a produção foi baixa. O time só foi encaixar uma sequência animadora depois dos 40 minutos, quando Martinez infiltrou duas vezes e participou de jogadas perigosas. Primeiro finalizou na rede pelo lado de fora o cruzamento rasteiro de Tinga. E depois tabelou com Breno Lopes, que bateu a esquerda da meta.

Junior Fialho entrou no lugar de Maycon Douglas no intervalo. Troca de pontas no Retrô. O Fortaleza voltou sem substituições, mas totalmente modificado na postura em campo. Imprimiu um ritmo mais forte ao trocar passes e se mover no campo de ataque. Elevou também a intensidade sem a bola, fez desarmes em zonas mais adiantadas do gramado e pressionou.

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