Forte chuva faz Flores de Goiás decretar situação de emergência

Devido às fortes chuvas, foi decretado situação de emergência em Flores de Goiás, região Nordeste do estado, pelo prefeito da cidade, Altran Lopes Avelar Nery (DEM). Com a medida, que vale por 90 dias, é dispensado licitação para a compra de materiais e realização de obras ligadas à recuperação necessária. Mais de 400 famílias estão isoladas no município.

Em alguns pontos da cidade, a água atingiu um metro de altura. Rios estão com volumes altos, o que ocasionou em danificações de algumas pontes, deixando oito delas interditadas. Sendo assim, os carros não conseguem passar e alguns moradores tem sido transportados para casa em barcos do Corpo de Bombeiros.

A previsão de tempo desta quinta-feira, 29, na cidade, ainda é de chuva. Cestas básicas estão sendo distribuídas para comunidades quilombolas e rurais atingidas em 14 cidades do norte e nordeste goiano. Até esta manhã, mais de 600 cestas já foram compartilhadas.

A agricultora Juliana Barros relatou que tem passado por situações difíceis, ela ainda alega que a ajuda chegou em uma boa hora, pois estava faltando fralda para o bebê, leite. Sem acesso a pontes, não tinha como ir atrás. A tempestade também destruiu as plantações, eles não conseguem transportar e vender os produtos já colhidos, alguns produtores rurais temem prejuízos maiores.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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