Fortes chuvas em São Paulo causa queda de avião, apagão e alagamentos

As fortes chuvas que atingiram São Paulo nesta quinta-feira, 23, causaram uma série de incidentes graves e danos significativos em várias regiões da cidade. Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE), da Prefeitura de São Paulo, toda a capital paulista estava em estado de atenção para alagamento até a madrugada desta quinta-feira, 24.

Um dos incidentes mais notáveis foi a queda de um avião em uma área residencial, resultado das condições adversas do tempo. A aeronave, que transportava cinco pessoas, bateu contra um morro de Paraibuna, no interior paulista. Nenhum ocupante da aeronave sobreviveu.

Já em Jandira, na Grande SP, uma mulher desapareceu após ser arrastada por uma enxurrada até um córrego. As buscas pela vítima foi iniciada pelo Corpo de Bombeiros na manhã desta quinta-feira.

Além disso, as chuvas intensas provocaram apagões que afetaram mais de 36 mil residências, deixando muitas famílias sem energia elétrica. A Defesa Civil do estado emitiu alertas para alagamentos e desabamentos, destacando o risco elevado devido às condições climáticas.

A região da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, foi particularmente afetada, com a parte do teto da UBS Boracéa desabando após as chuvas. Já as regiões da zone leste sofreram com alagamentos em 22 pontos na cidade, sendo dois desses intransitáveis no bairro da Mooca.

O alerta para alagamento e desabamentos continua nesta quinta-feira, 24, e sexta-feira, 25, para todas as regiões de São Paulo. A previsão é de chuva forte e rajadas de vento, com risco de alagamento e desabamentos em algumas regiões. Ventos podem ultrapassar 70 km/h.

As autoridades locais estão trabalhando para restaurar a energia e mitigar os danos causados pelas chuvas. A população é aconselhada a permanecer vigilante e seguir as orientações da Defesa Civil para minimizar os riscos.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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