Fórum Brasileiro de Segurança Pública atesta redução da criminalidade em Goiás

Goiás se consolida como um dos estados mais seguros do Brasil, com nenhuma cidade entre as 10 mais violentas do país e redução da criminalidade, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, publicado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública nesta quinta-feira ,18. O documento leva em consideração os dados de 2023, em comparação com 2022.

“A polícia goiana como um todo tem cumprido sua função, dentro dos limites das leis, e a população reconhece”, comemorou o governador Ronaldo Caiado.

REDUÇÃO DA CRIMINALIDADE EM GOIÁS

Um dos principais indicadores é referente ao latrocínio, que caiu 57,6% no período. O homicídio doloso (com intenção de matar) apresentou queda de 11,5% no número de vítimas e de 10,8% no número de ocorrências. No caso de lesões corporais seguidas de morte, o decréscimo foi de 3,7%, na comparação com 2022.

Em relação aos crimes contra o patrimônio, o roubo de cargas apresentou a queda mais expressiva: 52,3%. Na sequência, estão o roubo a residência (-34,5%) e o roubo de veículo (32,7%). Houve ainda queda de 32,3% no número de roubos a transeunte, 21,4% nos furtos de veículos e 9,0% nas ocorrências de tráfico de drogas. Por fim, houve aumento na segurança dos estabelecimentos comerciais, nos quais o índice de roubo caiu quase 27%.

O secretário de Segurança Pública, Renato Brum, destaca que as polícias trabalham com garra e determinação.

“Os resultados positivos são frutos do trabalho incansável das forças de Goiás, em conjunto com as ações estratégicas e o investimento do Governo Estadual na área”, diz. Para o gestor, merece destaque o esforço de integração entre as forças municipais, estaduais e federais, decisivo para o combate à criminalidade.

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PF indiciou Bolsonaro e militares por plano de golpe e assassinato de autoridades

A Polícia Federal (PF) indiciou, nesta quinta-feira, 21, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em um inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado no Brasil, após as eleições presidenciais de 2022, nas quais Bolsonaro foi derrotado. Além do ex-presidente, a PF concluiu que mais 36 pessoas estão envolvidas, entre elas ex-ministros do governo, como Anderson Torres (Justiça), Augusto Heleno (GSI), e Braga Netto (Defesa), além de outros militares e aliados do ex-presidente.

O relatório final foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e aponta que os indiciados foram responsáveis por tramas golpistas, ações relacionadas aos atos de 8 de janeiro, e até um plano para assassinar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSD), e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, também foi indiciado e prestou depoimento ao STF nesta quinta-feira, 21, sendo considerado um dos últimos testemunhos a serem ouvidos no caso.

Entre os crimes atribuídos aos indiciados estão: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

Plano de assassinato

Além das investigações sobre os atos golpistas, a PF realizou uma operação, na terça-feira (19), contra uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos de Lula, Alckmin e Moraes. A organização, composta principalmente por militares das Forças Especiais, visava a realização de um golpe para impedir a posse do governo eleito em 2022.

A investigação revelou que o plano de assassinato foi preparado para o dia 15 de dezembro de 2022, e que Moraes estava sendo monitorado de forma contínua. A organização também tinha a intenção de criar um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise” para gerenciar as consequências de suas ações.

A PF concluiu que Bolsonaro tinha pleno conhecimento do plano, o que agrava ainda mais a situação do ex-presidente.

O 8 de Janeiro e as consequências

Em 8 de janeiro de 2023, seguidores de Bolsonaro invadiram e depredaram os prédios dos Três Poderes em Brasília, em protesto contra o resultado das eleições de 2022. O governo federal decretou intervenção na segurança do Distrito Federal e mais de 1.800 pessoas foram presas nos dias seguintes.

As investigações sobre os atos de 8 de janeiro identificaram financiadores e grupos organizados que planejaram os ataques. Bolsonaro passou a ser investigado após surgirem evidências de que ele havia incentivado discursos golpistas, levando o STF a aceitar denúncias contra centenas de envolvidos. Vários réus já foram condenados por crimes como associação criminosa, dano ao patrimônio público e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

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