Fotógrafo é internado após ser atingido por explosivo na Arena MRV

Na desde domingo, 11, um incidente grave ocorreu durante a final da Copa do Brasil na Arena MRV, em Belo Horizonte. Um fotógrafo precisou ser internado após ser atingido por um explosivo lançado por torcedores do Atlético-MG, durante a comemoração de um jogador do Flamengo.

O jogo, que terminou com a vitória do time carioca, foi marcado por uma atmosfera tensa e violenta por parte dos torcedores do time mineiro. A baderna, após o gol que determinou a vitória do Flamengo na Copa do Brasil, incluiu o lançamento de copos, invasões e até lançamento de explosivos no gramado.

Nuremberg José Maria, que trabalhava fotografando a partida, estava no gramado no momento da confusão e foi atingido no pé por um dos artefatos explosivos. O repórter fraturou três dedos, além de ter rompido tendões e sofrido um corte no pé. Ele foi socorrido e conduzido ao Hospital João XXIII, onde passou por cirurgia.

Em nota, o clube mineiro informou que irá colaborar com as autoridades para identificar os torcedores suspeitos de lançar os explosivos no gramado, para que os casos não se repitam.

Confronto marcado por interrupções

Segundo a súmula do árbitro Raphael Claus, foram disparadas quatro bombas no gramado durante a partida: aos 9, aos 45, aos 50 e aos 52 minutos de jogo. Além disso, Claus documentou que também foram arremessados copos aos 6, aos 45, aos 51 e aos 83 minutos da partida e outras duas ocorrências envolvendo lasers para prejudicar a visão do goleiro do Flamengo, Rossi.

O jogo também precisou ser parado por sete minutos após o gol do time carioca, por conta do arremesso de objetos e tentativas de invasão ao gramado, sendo uma delas antes da premiação do campeonato. Todas as ocorrências foram identificadas como cometidas por torcedores do Atlético-MG.

A equipe mineira pode ser punida pelo Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) em multa de até R$ 100 e R$ 150 mil para o arremesso de objetos no campo.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp