Fotos inéditas de Pelé na Copa de 62 são entregues a museu em Santos: ‘uma joia rara’, diz filho do Rei
Nos registros históricos, o Atleta do Século foi flagrado em uma versão pouco conhecida: a de torcedor. Público pode conferir imagens neste fim de semana em Santos (SP).
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Fotos inéditas de Pelé na conquista do bicampeonato da Seleção, em 1962, vão para museu
Fotografias inéditas de Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, na Copa do Mundo de 1962 passaram a integrar o acervo do museu do Rei do Futebol em Santos, no litoral de São Paulo.
Nos registros históricos, o Atleta do Século foi flagrado em uma versão pouco conhecida: a de torcedor. Isso porque ele se lesionou durante a competição no Chile e assistiu das arquibancadas a final do Brasil contra a Tchecoslováquia.
As relíquias foram doadas na quinta-feira (23), data de aniversário de Pelé, que morreu em 2022. Segundo a Prefeitura de Santos, o plano é que, inicialmente, só tenha acesso às imagens quem fizer a visita monitorada à Sala do Rei, que foi criada para receber convidados especiais e atender a imprensa.
No entanto, o espaço será aberto para visitação gratuita do público neste fim de semana, das 11h às 15h de sábado (25) e domingo (26), como parte das comemorações de aniversário do Rei.
A retirada de senhas ocorrerá 30 minutos antes de cada horário, diretamente no balcão do museu, que fica no Largo Marquês de Monte Alegre, no Valongo . A atividade tem limite de 20 participantes por grupo.
DOAÇÃO
O responsável pela doação foi o jornalista e produtor chileno Rubén Martinez Molina, que está produzindo um documentário com 1,1 mil fotografias daquele mundial. Ele percorreu todos os países que participaram da copa e encerrou o tour justamente no Brasil no dia do aniversário de Pelé, que morreu em 2022.
“Há muitas emoções envolvidas, porque em todos os países que visitamos não encontramos um espaço dessa qualidade. O Brasil foi o que deu maior importância para esse material histórico, que nós trouxemos com muito orgulho”, disse Molina, em nota divulgada pela Prefeitura de Santos.
A doação foi recebida pelo prefeito Rogério Santos (Republicanos) e pelo secretário de Turismo, Comércio e Empreendedorismo, Thiago Papa, que estavam acompanhados do filho do Rei, Edinho, e do ídolo Pepe Macia, que esteve naquela Copa.
Para o prefeito, o museu ganhou ineditismo, alegria, emoção e vida com as fotografias. Os registros também foram enaltecidos por Edinho, que explicou o valor de imagens históricas, dizendo que atualmente as fotos se tornaram algo mais banal.
> “Quem não viveu essa época, talvez não entenda como fotos eram raras, como a captação de momentos especiais era uma coisa muito difícil. É uma joia rara você ter imagens e fotos de determinados momentos como esse, como a Copa do Mundo, como fotos do Rei. É um achado, uma cápsula do tempo que foi aberta e nos levou de volta para aquele tempo”, disse o filho do Rei.
Segundo Pepe, estar no museu no aniversário de Pelé e ter acesso ao novo acervo foi especial. “Fico muito feliz e emocionado. Afinal de contas, foram momentos de glória na nossa vida e carreira. Já vim aqui outras vezes, mas, dessa vez, a emoção foi redobrada”, afirmou o Canhão da Vila.
HISTÓRIA DO ACERVO
Ao todo, são dez fotografias que revelam bastidores da seleção brasileira na Copa do Chile em 1962. As imagens fazem parte do acervo do fotógrafo Juan Eliodoro Luca Valenzuela, que acompanhou de perto o time do Brasil e registrou momentos únicos de Pelé, Garrincha, Didi, Vavá, Zagallo e outros atletas que marcaram a história do futebol mundial.
Segundo a Prefeitura de Santos, Juan morreu dois anos depois da competição e, por isso, as imagens ficaram esquecidas na casa dele até 2018, quando o filho Claudio Luco encontrou uma mala com aproximadamente 1,1 mil negativos originais da Copa do Mundo de 1962.
Os registros foram enviados a Molina, que iniciou o projeto de recuperação, preservação e difusão dessas imagens.
Parte do acervo doado ao Brasil foi incorporado ao Museu Pelé, com direito de preservação e uso para exposições e materiais digitais para garantir que a memória permaneça viva e acessível ao público.
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