Franca: da fundação à lenda do imperador Pedro I em 200 anos

Da fundação ao mito do imperador: como Franca surgiu e sustentou lenda sobre visita de Dom Pedro I

Município, que completa 200 anos nesta semana, nunca esteve na rota do imperador, mas concentra diversas homenagens ao ‘pai da Pátria’.

A história de Franca é marcada pelo surgimento da Vila Franca do Imperador em 28 de novembro de 1824. Embora tenha se emancipado de Mogi Mirim (SP) três décadas depois, a cidade mantém o título que remonta aos tempos imperiais. A presença do imperador é notória em diversos estabelecimentos comerciais e pontos turísticos de Franca, o que levanta a questão: por que Franca do Imperador?

Muitas pessoas acreditam que Dom Pedro I tenha passado pela cidade após a independência do Brasil, porém, não há evidências documentais que comprovem essa visita. De acordo com o historiador Wanderlei Donizete Pereira, o membro da família imperial que esteve em Franca foi Gastão de Orléans, Conde d’Eu, genro de Pedro II. A lenda em torno da visita de um imperador à cidade se mantém, mas a verdade histórica revela que a homenagem está ligada ao contexto do período imperial brasileiro.

Desde sua origem como freguesia até a emancipação como cidade, Franca teve um caminho marcado por tentativas de crescimento. A povoação teve início em 1804 com a concentração de poucos moradores no bairro de Miramontes, atual Covas. Com a chegada de mineiros à região e o aumento da população, o Capitão Hipólito desempenhou um papel de destaque na preservação das divisas e manutenção da ordem.

O pedido para a criação da Freguesia de Franca foi autorizado em 1805, dando início ao processo de desenvolvimento urbano da região. A cidade foi se consolidando ao longo dos anos, demonstrando a necessidade de se tornar uma entidade administrativa autônoma. Em 1824, o pedido de elevação à vila foi concretizado com a instalação da Vila Franca do Imperador, que marcou o início de uma nova fase na história de Franca.

O anseio por liberdade administrativa refletiu-se na separação de Franca de Mogi Mirim, e a cidade passou a eleger seus próprios vereadores e juízes. A homenagem a Dom Pedro I marcou a identidade e a trajetória de Franca, que ao completar 200 anos se consolida como um polo industrial importante, principalmente nos setores de café e calçado. A história de Franca, repleta de mitos e fatos, revela o caminho de uma cidade que soube preservar suas raízes e construir sua própria identidade ao longo dos anos.

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Filhote de golfinho morre após encalhar em Ubatuba: alerta para a conservação marinha

Morre filhote de golfinho após encalhar na Praia Grande, em Ubatuba, Litoral de SP

Um filhote de golfinho, conhecido como toninha, foi resgatado na Praia Grande, em Ubatuba, por Bombeiros e técnicos do Instituto Argonauta. Infelizmente, apesar dos esforços da equipe de resgate, o golfinho não resistiu e veio a óbito. Este resgate mobilizou diversas instituições ligadas à conservação costeira e marinha, como o Instituto Argonauta, que prestou informações sobre o estado do animal resgatado. Segundo o instituto, tratava-se de um filhote macho, com 63cm e 2,6 kg, que infelizmente não conseguiu sobreviver.

O Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar) também participou do resgate, destacando que a toninha foi encontrada encalhada no canto direito da Praia Grande, antes de ser socorrida. Após o resgate, o animal foi orientado a ficar hidratado e em um local acolchoado, a fim de evitar lesões nas nadadeiras e cauda. Mesmo com todos os cuidados prestados pelas equipes de resgate, o filhote de golfinho não resistiu e veio a falecer.

O Instituto Argonauta recolheu o animal para dar continuidade ao tratamento e monitoramento, porém, os desafios da reabilitação de filhotes de toninha se mostraram significativos. O processo de reabilitação desses animais é complexo, uma vez que eles são muito dependentes e necessitam de cuidados especiais, especialmente por ainda serem lactentes. Além disso, filhotes de toninha são mais vulneráveis a infecções e estresse, o que reduz suas chances de sobrevivência mesmo com atendimento especializado.

A necropsia do golfinho será realizada para identificar as possíveis causas do encalhe, fornecendo dados importantes para a preservação da espécie. Esta análise pós-morte será fundamental para compreender as circunstâncias que levaram ao falecimento do filhote de golfinho resgatado na Praia Grande, em Ubatuba. Este triste episódio destaca a importância da atenção e cuidado com a vida marinha, ressaltando a necessidade de preservação e proteção das espécies que habitam as nossas águas.

Portanto, a morte deste filhote de golfinho resgatado na Praia Grande, em Ubatuba, serve como alerta para a importância da conservação marinha e da preservação dos ecossistemas costeiros. A união de esforços de instituições como o Instituto Argonauta e o Grupamento de Bombeiros Marítimo destaca a relevância do trabalho conjunto em prol da vida marinha. Que esta triste notícia sirva como motivação para a proteção e conservação das espécies que compartilham conosco os mares e oceanos.

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