Francisco Júnior diz que reunião do PSD não decidiu sobre apoio em 2018

Após reunião com a cúpula do PSD ontem (07), o deputado estadual Francisco Júnior (PSD) afirmou que o encontro não trouxe decisões sobre apoios ou alianças para as eleições de 2018, e que isso será feito apenas no “momento oportuno”, mas confirmou que houve consenso para que a sigla busque “uma proposta para Goiás” para apresentar a sociedade goiana no próximo ano.

A conversa das lideranças do PSD ocorreu após especulações sobre o apoio do partido, ou a negativa deste, ao pré-candidato do governo estadual, José Eliton (PSDB) e também sobre a possibilidade da legenda lançar candidatura própria ou encabeçar uma chapa majoritária nas próximas eleições, fato que não foi negado por Francisco Júnior.

“Temos bons nomes, seja para a chapa majoritária como governador, senador, bons deputados. E nós queremos colaborar e sim o PSD quer participar de uma cabeça de chapa, mas isso não está decidido ainda, tem muita água ainda para passar embaixo da ponte”, comentou.

Porém, ele reafirmou que até o momento nenhuma decisão será tomada. “Não tem como tomar decisão nesse momento sobre apoio, até porque existe toda uma discussão para acontecer até o momento propício que é março de 2018”, e continuou: “O que o PSD decidiu é que vai conversar, está dialogando, que vai fortalecer o partido, vamos fazer eventos regionais, vamos buscar montar uma boa chapa de deputados estaduais e federais”.

O parlamentar disse que o PSD decidiu conversar com a sociedade organizada e “conseguir captar da sociedade a sua vontade e sua expectativa” para poder apresentar no momento eleitoral este projeto para a população e a partir dele, construir as alianças.

“Mas agora não há nenhuma definição de base, de oposição, nada disso. Não tem sentido fazer essa discussão agora. Continuamos no governo, da base, mas não estamos fazendo escolha entre a, b ou c em termos de candidatos até porque essas candidaturas elas ainda precisam ser construídas, trabalhadas e é isso que nós vamos fazer”, finalizou.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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