Fraude de R$ 12 milhões em contrato de saúde: empresa de Palmas alvo de operação.

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Uma empresa de Palmas foi alvo de uma operação que investiga fraude de licitação no valor de quase R$ 12 milhões em um contrato com a Secretaria de Goiânia. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em diversos estados, incluindo Tocantins, Goiás, São Paulo e Distrito Federal. A empresa de Palmas havia sido contratada para a criação de um software de atendimento na área da saúde. A operação, intitulada Pagamento Imediato, apura fraudes em contratos de saúde com pagamentos antecipados.

A investigação da Polícia Civil de Goiás identificou irregularidades em um contrato de R$ 12 milhões realizado entre um instituto do ramo da saúde de Palmas e a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, em 2024. Segundo as investigações, o município efetuou o pagamento integral à empresa sem qualquer tipo de comprovante da prestação do serviço. O Instituto Idesp, contratado para desenvolver o software de atendimento na saúde, informou estar colaborando com a polícia para esclarecer os fatos.

Durante a Operação Pagamento Imediato, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em diversas cidades, como Palmas (TO), Goiânia (GO), e São Paulo (SP). A polícia investiga associação criminosa, contratação direta ilegal e fraude em licitação. A Polícia Civil do Tocantins apoiou as investigações e identificou indícios do suposto esquema. Foram também executadas medidas de quebra de sigilos bancário e fiscal, suspensão de atividade econômica e sequestro de bens dos investigados.

As irregularidades começaram a ser apuradas após um relatório apontar falhas na escolha da empresa. O contrato de R$ 11,6 milhões deveria ser pago em 12 parcelas após a prestação do serviço, mas o pagamento foi efetuado em menos de 30 dias, sem comprovação dos serviços. A investigação revelou que recursos foram destinados antes mesmo da formalização do contrato, e que os investigados levavam uma vida luxuosa, com carros de luxo apreendidos durante a operação.

O Instituto Idesp divulgou nota informando que está colaborando com as investigações e que a operação não afeta os serviços prestados à população. A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia ressaltou que o contrato com o Instituto foi firmado na gestão anterior e que nenhuma ação foi realizada durante a atual administração. O ex-prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, destacou que não é alvo da operação e se coloca à disposição das autoridades para colaborar com as apurações.

Em meio à investigação de fraude milionária, a transparência, ética e qualidade dos serviços prestados à população permanecem como compromisso central do Instituto Idesp. A colaboração com as autoridades é fundamental para esclarecer os fatos e garantir a integridade das atividades. A região do Tocantins segue acompanhando de perto o desenrolar das investigações e ações relacionadas à operação de fraudes.

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