Fraude eleitoral em Taboão da Serra: ex-prefeito forja atentado por votos

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O ex-prefeito de Taboão da Serra José Aprigio, do partido Podemos, foi alvo de um plano arquitetado com o intuito de forjar um atentado contra a sua vida durante a campanha eleitoral municipal de 2024. De acordo com informações fornecidas por um preso colaborador, Aprigio pagou a quantia de R$ 85 mil por um fuzil utilizado na simulação da tentativa de homicídio. Além disso, secretários do ex-prefeito estiveram envolvidos na negociação que previa o pagamento de R$ 500 mil para atiradores e comparsas.

A colaboração premiada feita por um dos presos no caso com o Ministério Público resultou na realização da “Operação Fato Oculto” pela Polícia Civil e pela Promotoria da cidade. O objetivo da operação era prender os suspeitos envolvidos na fraude, que incluíam o ex-prefeito, três secretários, um sobrinho deste último, e mais cinco pessoas. A tentativa de homicídio foi orquestrada para sensibilizar os eleitores e favorecer a candidatura de Aprigio à reeleição.

No entanto, as investigações revelaram que a simulação do atentado político falhou ao atingir de fato o ex-prefeito, que foi ferido no ombro por tiros disparados de um fuzil. A tentativa de homicídio se mostrou uma farsa, comprovando que o objetivo era manipular a opinião pública. Os envolvidos, incluindo secretários da gestão de Aprigio, foram investigados por associação criminosa, tentativa de homicídio, incêndio e adulteração de veículo.

A defesa de José Aprigio negou qualquer envolvimento na fraude, alegando inocência e afirmando que ele foi vítima do suposto atentado. O ex-prefeito gravou vídeos no hospital após o incidente, que foram divulgados em suas redes sociais. Mesmo com a encenação, Aprigio não conseguiu se reeleger para o cargo de prefeito de Taboão da Serra.

As investigações apontaram que a simulação do ataque envolveu a contratação de atiradores e a utilização de um fuzil AK-47, comprado por R$ 85 mil. Os executores receberiam um total de R$ 500 mil pelo serviço, sendo que parte do valor seria destinado aos participantes da farsa. Alguns envolvidos foram presos, enquanto outros permanecem foragidos.

Apesar da tentativa de encobrir a farsa, a polícia e a Promotoria conseguiram apreender armas e realizar buscas nos endereços dos investigados. No entanto, o fuzil utilizado na simulação do atentado ainda não foi localizado. Diante das evidências apresentadas, a hipótese de Aprigio ter sido vítima de um atentado político foi descartada, revelando a trama elaborada para influenciar o resultado das eleições municipais.

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